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FHC pede urgência para quarentena
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique
Cardoso manifestou interesse na
aprovação do projeto que estabelece quarentena para os ocupantes
de cargos de direção do Banco
Central, e o pedido de urgência para o projeto será votado hoje pela
Câmara.
O projeto, de autoria do então senador Itamar Franco (PMDB-MG), já foi aprovado pelo Senado,
mas está parado na Câmara desde
junho de 1995. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP),
resolveu incluí-lo na pauta de votações após o escândalo do grampo telefônico no BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
Se o pedido de urgência for aprovado hoje, o projeto deverá ser votado amanhã. Durante o depoimento do ministro demissionário
Luiz Carlos Mendonça de Barros
(Comunicações) no Senado, quinta-feira passada, vários parlamentares levantaram suspeitas sobre a
sua capacidade de se manter isento
no processo de privatização por
ser um banqueiro.
Deputados já manifestaram intenção de alterar o projeto, que
proíbe a nomeação para a direção
do BC de pessoas que tenham trabalhado em empresas do sistema
financeiro durante os quatro anos
anteriores. Os demitidos não poderão trabalhar no setor financeiro
nos dois anos após a demissão.
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Germano Rigotto (PMDB-RS), disse que a proposta ainda não foi votada porque
"o Manoel Castro não concluiu o
seu trabalho, dando parecer ao
projeto de Itamar".
O deputado Manoel Castro (PFL-BA), relator do projeto, foi procurado pela Folha, mas não atendeu
aos telefonemas.
Segundo Rigotto, a quarentena
não deve ser estendida a outros órgãos do governo federal para facilitar a aprovação. "Num segundo
momento, podemos avançar mais.
Talvez estender para ministros, dirigentes de bancos estaduais e das
agências reguladoras."
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