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Petista pede a Adauto
para evitar desvios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, recomendou ao futuro ministro Anderson Adauto
(Transportes) uma atenção especial na aplicação dos recursos do
ministério, de forma a evitar desvios e desperdícios. Adauto disse
que vai fazer parcerias com o
Exército para "restabelecer os
custos de obras públicas".
Adauto disse que vai trabalhar
para investir no seu ministério a
maior fatia possível da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que é cobrada
sobre o consumo de combustível.
"É claro que eu tenho a obrigação
de lutar para que o ministério tenha o maior percentual possível
dessa taxa, que foi criada com o
objetivo de resolver os problemas
de transportes no país."
Adauto afirmou que recebeu do
presidente eleito duas diretrizes:
"Primeiro, o presidente me colocou a necessidade de termos uma
política nacional de transportes.
Antes de qualquer coisa, vamos
ter de fazer um verdadeiro mutirão para amenizar a realidade das
estradas brasileiras. A segunda está dentro do espírito do governo
no seu todo, que é a questão da
transparência e de fazer com que
cada real seja efetivamente um
real na aplicação dos recursos".
O futuro ministro disse que foi
alertado pelo presidente eleito sobre a situação particular do Ministério dos Transportes: "É claro
que ele me colocou de forma especial a sua preocupação com a
realidade atual do ministério. Eu
obviamente entendi o seu recado
e farei tudo o que estiver ao meu
alcance para que o Ministério dos
Transportes esteja dentro da diretriz geral do seu governo em termos da aplicação de recursos, da
transparência e da probidade".
Afirmou que vai estabelecer
parcerias com o Exército, não tanto pelas obras que o batalhão de
engenharia pode desenvolver,
que não seriam mais do que 10%
do total, para restabelecer a tese
de custos de obras públicas no
Brasil. Ele pretende definir o custo
do recapeamento e da construção
de um quilômetro de estrada.
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