São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

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PAINEL

Pajelança serrista
No dia 1º de fevereiro, grupo de intelectuais lança movimento em defesa da candidatura de Serra a presidente. Articuladores do encontro dizem que Ruth Cardoso já confirmou presença.

Depois da quarta-feira
Alckmin deve antecipar para logo após o Carnaval sua decisão de deixar o governo paulista para disputar a Presidência. "No máximo na primeira semana de março", afirma assessor direto.

Os alquimistas
Partidários de Alckmin colocaram no ar na internet o sítio novapolitica.org.br. Dizem ser iniciativa de organizações da sociedade civil comprometidas com a promoção de "choque ético, capaz de refundar valores e condutas da vida pública".

Rio x Pernambuco
Na tentativa de neutralizar a influência de Cesar Maia no PFL, o grupo de Geraldo Alckmin busca o apoio de Marco Maciel, mentor político do vice Cláudio Lembo. O prefeito do Rio trabalha por Serra.

Gestão de fundo
A Quest, de Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirma que foi escolhida para gerir novo fundo da Nossa Caixa por meio de "processo seletivo" conduzido por consultoria contratada pelo governo de SP do qual participaram 15 gestores. Mendonça de Barros é a cabeça econômica da candidatura Alckmin.

Estrela cadente
No Ibope da semana passada, o índice de rejeição ao PT chegou a 19% contra 5% de PSDB e PMDB. Entre os mais ricos, a rejeição petista atingiu 38%.

Fui eu que fiz
Na reunião de ontem com líderes aliados, Lula reclamou de "apropriação indébita" de governadores e prefeitos de obras federais. Disse que, em suas viagens, confere as placas que os governos locais colocam onde há recursos da União.

Fuga da guilhotina
Roberto Brant (PFL-MG) procurou deputados de vários partidos para dizer que já conseguiu os votos para derrubar hoje, no Conselho de Ética, o parecer pedindo sua cassação.

Tudo pelo social
Avaliação de Quércia sobre seu candidato na prévia do PMDB, Germano Rigotto: "Tem de adotar um discurso mais popular, voltado para o social, senão não terá chances".

Tamanho único
Em jantar na casa do governador do DF, Joaquim Roriz, Rigotto foi definido por um governista do PMDB como "quadro para qualquer moldura", ou seja, pode ser conveniente a qualquer um dos grupos do partido.

Último a saber
Anthony Garotinho ficou de cara amarrada durante toda a reunião da Executiva. Reclamou de ser tratado como estranho no ninho peemedebista. A aliados, disse ter se sentido traído pela cúpula do próprio partido.

Carnaval carlista
O carlismo se mobiliza para dar uma demonstração de força com a festa de arromba pelos 27 anos de ACM Neto, amanhã, em Salvador. Foram convidados prefeitos de mais de 400 cidades e lideranças de peso do PFL. Ele se recupera de catapora.

Campanha em versos
Mercadante (PT) lê no Senado poema de Mário de Andrade, em homenagem a São Paulo. "Quando eu morrer quero ficar/ Não contem aos meus inimigos/Sepultado em minha cidade,/Saudade/Meus pés enterrem na rua Aurora/No Paissandu deixem meu sexo/Na Lopes Chaves a cabeça", declamará.

Visita à Folha
Luís Milanesi, diretor da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Carlos Eduardo Lins da Silva, diretor de Relações Institucionais da Patri (Relações Governamentais & Políticas Públicas).

TIROTEIO

Do líder do PSDB, Alberto Goldman, sobre eventual segundo turno Lula x Garotinho:
-Vou para bem longe, de preferência meditar no Tibete.

CONTRAPONTO

Quem paga a conta

O presidente Lula reuniu ontem, no Palácio do Planalto, líderes aliados na Câmara e no Senado para anunciar o novo valor do salário mínimo e, como tem feito nas últimas semanas, já em ritmo de campanha, aproveitou para divulgar suas realizações.
Além da autopropaganda, Lula fez críticas à comunicação do governo e ouviu queixas e pedidos de seus aliados. A quase todos, o presidente respondia com promessas de verbas.
Sentado no fundo da sala, longe dos líderes, estava o relator do Orçamento para 2006, deputado Carlito Merss (PT-SC).
Quando os fotógrafos se aproximaram dele com as câmeras em punho, Merss não perdeu a chance de dar seu recado, diante de tanto entusiasmo dos aliados do presidente:
-Por favor, me deixem quietinho aqui. Nesta reunião, minha única missão é arrumar dinheiro para pagar os pedidos.


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