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CASSAÇÕES
Votação deve ser apertada
Acordo pode absolver Brant, dizem deputados
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Conselho de Ética deverá ter
hoje a votação mais apertada da
série de processos de cassação por
conta do escândalo do "mensalão". Segundo membros do conselho, há risco de o parecer que
recomenda a perda do mandato
de Roberto Brant (PFL-MG) não
ser aprovado por causa de articulação conduzida por PFL e PSDB.
Ontem, integrantes do conselho
passaram o dia somando votos e
constataram a possibilidade de a
votação terminar empatada em
sete a sete, o que forçaria o posicionamento do presidente do
conselho, Ricardo Izar (PTB-SP),
para definir o resultado. A tendência é que se houver empate,
ele vote com o relator.
A avaliação é que dos 14 integrantes do conselho, seis votarão
pela cassação e outros seis recusarão o relatório. Restariam dois votos em aberto, de Pedro Canedo
(PP-GO) e Ângela Guadagnin
(PT-SP). Há dúvida quanto ao voto da petista, que, depois do processo contra Roberto Jefferson
(PTB-RJ), optou pela absolvição
dos deputados da base governista
-o que não é o caso de Brant.
Segundo técnicos, a ausência de
um dos dois deputados ou uma
abstenção geraria impasse regimental. No entendimento dos
técnicos, para aprovar um parecer é necessária maioria absoluta
dos votos -no mínimo oito. Para
a assessoria jurídica do conselho,
caso o relatório de Nelson Trad
(PMDB-MS) obtenha sete votos,
há duas alternativas: nomear novo relator ou mandar o caso a plenário, sem parecer do conselho.
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