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outro lado
Deputados dizem não haver direcionamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Deputados federais que responderam aos questionamentos da Folha negaram que haja
relação entre o uso da verba indenizatória e as doações eleitorais recebidas.
"Não tem nenhum tipo de
má-fé ou direcionamento",
afirmou Fernando Coelho Filho, com gastos declarados de
R$ 5.000 na TGR Transportadora, que lhe financiou a campanha de 2006 em R$ 160 mil.
"Não abasteço exclusivamente nesse posto e desde o
início do ano não peço mais
reembolso à Câmara por gastos
lá, já que foi baixada norma que
proíbe o uso da verba em empresas de parentes até o terceiro grau", afirmou Coelho, se referindo ao fato de a empresa
ser de um tio.
No início de 2009, após a revelação de que Edmar Moreira
(PR-MG), o mesmo que tem
um castelo, usava dinheiro da
verba indenizatória em empresa de sua propriedade, a Câmara adotou estratégia para "anistiar" deputados que adotavam
a mesma prática: divulgou norma proibindo a prática "apenas" daquela data em diante.
Ninguém no gabinete de Edmar atendeu telefonemas na
semana passada.
A assessoria do deputado
Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) também negou relação entre as duas situações: "Estávamos precisando locar um carro
[no final de 2008] para prestar
serviços em Goiânia, e como já
tínhamos um relacionamento
com a empresa, contratamos
seus serviços. (...) Consideramos que não existe nenhum
problema de a mesma empresa
ser doadora e beneficiária da
verba indenizatória, visto que
utilizamos o seu serviço, ou seja, o seu bem, e também a escolhemos por considerarmos ser
a mais adequada no momento."
Os demais deputados citados
não responderam até a conclusão desta edição.
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