São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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outro lado

Deputados dizem não haver direcionamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Deputados federais que responderam aos questionamentos da Folha negaram que haja relação entre o uso da verba indenizatória e as doações eleitorais recebidas.
"Não tem nenhum tipo de má-fé ou direcionamento", afirmou Fernando Coelho Filho, com gastos declarados de R$ 5.000 na TGR Transportadora, que lhe financiou a campanha de 2006 em R$ 160 mil.
"Não abasteço exclusivamente nesse posto e desde o início do ano não peço mais reembolso à Câmara por gastos lá, já que foi baixada norma que proíbe o uso da verba em empresas de parentes até o terceiro grau", afirmou Coelho, se referindo ao fato de a empresa ser de um tio.
No início de 2009, após a revelação de que Edmar Moreira (PR-MG), o mesmo que tem um castelo, usava dinheiro da verba indenizatória em empresa de sua propriedade, a Câmara adotou estratégia para "anistiar" deputados que adotavam a mesma prática: divulgou norma proibindo a prática "apenas" daquela data em diante.
Ninguém no gabinete de Edmar atendeu telefonemas na semana passada.
A assessoria do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) também negou relação entre as duas situações: "Estávamos precisando locar um carro [no final de 2008] para prestar serviços em Goiânia, e como já tínhamos um relacionamento com a empresa, contratamos seus serviços. (...) Consideramos que não existe nenhum problema de a mesma empresa ser doadora e beneficiária da verba indenizatória, visto que utilizamos o seu serviço, ou seja, o seu bem, e também a escolhemos por considerarmos ser a mais adequada no momento."
Os demais deputados citados não responderam até a conclusão desta edição.


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