|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Ação política"
pode tirar melhor
aparelho da FAB
DA REPORTAGEM LOCAL
Os militares temem agora
a "politização" das compras
de equipamento. No caso do
novo caça, a FAB corre o risco de não ficar com o melhor
avião, mas sim com um que
for mais barato ou que traga
vantagens econômicas.
A licitação do caça F-X foi
planejada para incluir "offsets", contrapartidas comerciais (compra de produtos
brasileiros, transferência de
tecnologia). Mas a FAB quer,
acima de tudo, um bom
avião. Mas pode levar uma
aeronave não tão boa, mas
com "offsets" melhores.
Um episódio específico
que tem sido lembrado agora pelos brigadeiros foi a
compra dos caças Gloster
Meteor em 1952, que teve
forte ingerência política. Esses caças de fabricação britânica, os primeiros jatos da
FAB, foram trocados por
mercadoria, por algodão.
Os consórcios concorrentes do programa F-X estão
realizando uma ofensiva final junto ao governo. Delegações visitaram autoridades nos últimos dias.
E, mais discretamente, os
concorrentes aproveitam
para criticar os pontos falhos
dos rivais. Ora é o radar de
um que tem falhas, ora é a
saúde financeira da indústria que mereceria cuidados.
No começo do processo
havia um favorito, o consórcio franco-brasileiro do qual
participa a Embraer. Por ser
a maior empresa do setor aeroespacial do país, a escolha
do caça Mirage 2000 BR parecia a mais provável, apesar
de passar a idéia de que a escolha não foi da FAB, mas
sim da Embraer.
Depois da apresentação
das propostas, a corrida ficou embolada. Tanto o russo Sukhoi-35 (Su-35), da Rosoboronexport em parceria
com a Avibrás, como o Gripen, do consórcio sueco-britânico Gripen International
sueco, tem grandes chances
-tanto pelas qualidades
dos aviões, como pelos "offsets" oferecidos.
(RBN)
Texto Anterior: Defesa: Para militares, compra de caças é teste para governo Próximo Texto: Rússia emprestará 12 caças ao país se vencer licitação de supersônicos Índice
|