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outro lado
"Maioria aprovou", diz relator do Orçamento
Segundo José Pimentel (PT-CE), a inclusão de anexo na LDO foi deliberação da maioria dos membros" da comissão
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O relator-geral do Orçamento, José Pimentel (PT-CE),
afirmou, em nota enviada por
e-mail, que a inclusão do anexo
de metas e prioridades da LDO
em seu relatório foi "deliberação da maioria dos membros"
da comissão de Orçamento.
"A Comissão Mista de Orçamento decidiu, por deliberação
da maioria dos seus membros,
que as emendas do anexo de
prioridades e metas da LDO deveriam ser atendidas de forma
prioritária pelo relator do Plano Plurianual (PPA) 2008-2011. O atendimento permitiu
incluir no PPA essas ações, possibilitando também a inclusão
na Lei Orçamentária Anual
(LOA) para 2008. A Comissão
também decidiu autorizar a
alocação de até R$ 534 milhões
pelo relator-geral, por meio de
emendas de relator", afirmou o
deputado, na nota.
Pimentel enviou, no e-mail,
uma relação de emendas que
somaram R$ 267 milhões. Mais
tarde, por telefone, sua assessoria informou que os outros R$
267 milhões (do total de R$ 534
milhões) vieram de emendas
parlamentares, tantos individuais quanto de bancada. Indagada sobre a autoria de cada
emenda, a assessoria informou
que, naquele momento, não
dispunha de "um filtro" de
computador que pudesse dirimir a dúvida. Também por isso,
segundo a assessoria, essa parcela não foi citada no e-mail.
O Ministério do Planejamento informou, por meio da assessoria, que não se manifestará
sobre o Orçamento enquanto a
proposta não for votada no plenário da Câmara.
A deputada Rose de Freitas
(PMDB-ES) disse que o relatório final do Orçamento deveria
ter incluído R$ 11 bilhões no
anexo. Rose afirmou que "80%"
do anexo foi "subtraído pelo governo". "Quando chegou ao relator, foi reduzido para a metade. Seria R$ 1 bilhão."
"Alguns deputados colocam
nas suas bancadas, o que não é
meu caso, eles colocam nas
suas reuniões de bancada as
suas prioridades. Ali, quando
ele [relator] atende, o deputado
diz assim: "A minha emenda,
que está numa emenda coletiva, para isso e aquilo, foi vendida muito baixa". E ele revê se
quiser. Ele andou revendo várias", disse a deputada.
Rose Freitas afirmou que o
uso de emendas pelo relator foi
incomum neste ano: "O relator-geral adotou mais de mil
emendas, que ele fez como de
relator, que não é uma coisa
mais usual na Casa. Porque aí é
aquele negócio de privilegiar.
"Ah, o governador tal do meu
partido, não sei o que lá". Aí vão
fazendo as emendas que você
não tem tempo para analisar.
Não pode emenda de relator,
não pode. Na minha interpretação, acho que foi excesso de
mando por parte do relator".
O deputado Zé Gerardo
(PMDB-CE), que coordenou o
comitê de admissibilidade das
emendas, disse que o anexo foi
aprovado no plenário da Câmara. "Tinha um montante de
emendas que tinha sido votado
na LDO e que veio para o PPA e
que [o plenário] referendou",
disse o deputado.
Wellington Roberto (PR-PB), abordado na comissão,
disse que não tinha tempo para
uma entrevista. Passou o telefone celular que, no dia seguinte, estava fora de área.
(RV)
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