DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu ontem pela manhã uma reclamação da microempresária Antônia Elivânia de Almeida, 40, quando saía do Alvorada para trabalhar no Palácio do Planalto. Ela se lançou em direção da comitiva presidencial de Lula, obrigando o carro em que o presidente estava a parar.
Dona de uma padaria que faliu, Almeida cobrou de Lula o fato de não ter tido resposta a uma carta que enviou à Presidência há 60 dias, relatando que foi obrigada a fechar o negócio por causa da crise de energia de 2001. "O que você quer, meu amor?", perguntou o presidente, ao ver a mulher, que carregava uma faixa com os dizeres "Não queremos promessa, queremos solução". "Mandei uma carta e quero uma solução para o meu problema", afirmou.
O presidente não deu resposta ao pedido da mulher. "Tá bom, tá bom", disse. Ele apenas autografou a faixa.
Lula também deu autógrafos a um grupo de cerca de 70 crianças de uma escola de Brasília. "Tio, tio", gritavam as crianças. Após cerca de cinco minutos com estudantes, o presidente despediu-se: "O tio está atrasado para o trabalho", afirmou.
À tarde, ao deixar o Alvorada após o almoço, novamente rumo ao Planalto, Lula foi cercado mais uma vez por um grupo de crianças. Ele parou e autografou também uma galinha de borracha levada por uma delas.


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