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REELEIÇÃO
Estratégia inclui garantir defesa a envolvidos
Oposição convoca
passeatas pela CPI
da Sucursal de Brasília
Levar para as
ruas das principais capitais a
proposta de
criação da CPI
para investigar a
compra de votos
a favor da emenda da reeleição e argumentar que
sem a Comissão Parlamentar de
Inquérito o Congresso pode cassar
deputados inocentes e manter impunes dois réus confessos.
Essa é a tática que a oposição vai
adotar para enfrentar o esvaziamento do Congresso programado
pelos líderes governistas e conseguir as assinaturas para o requerimento que permitirá a votação urgente do projeto de criação da CPI.
A oposição precisa reunir 257 assinaturas para votar o requerimento de urgência. Na sexta à noite, tinha apenas 168 assinaturas.
"A mobilização é para não deixar ninguém esquecer que só investigando evitaremos a impunidade de todos os envolvidos nesse
escândalo", disse o líder do PT na
Câmara, José Machado.
O bloco da oposição (PT, PDT,
PSB, PC do B) vai argumentar que
sem a CPI o Congresso pode cometer um erro histórico e contribuir para a impunidade.
A avaliação é que os dois réus
confessos, os deputados acreanos
Ronivon Santiago e João Maia, renunciaram, podem se reeleger e se
tornar exemplos de impunidade.
Em contrapartida, os três parlamentares que a comissão de sindicância recomendou cassar -Zila
Bezerra (PLF-AC), Osmir Lima
(PFL-AC) e Chicão Brígido (licenciado PMDB-AC)- podem perder os mandatos sem que uma CPI
investigue em profundidade o
grau de envolvimento deles.
Santiago e Maia disseram, em
gravações divulgadas pela Folha,
que venderam seus votos a favor
da emenda da reeleição por R$ 200
mil e afirmaram que Zila, Osmir e
Chicão também se venderam.
Pizza gigante
Além da manifestação em Brasília, na terça, a oposição já programou atos públicos para o Rio, São
Paulo e Curitiba.
No Rio, o deputado Carlos Santana (PT-RJ) quer levar uma pizza
gigante, de dois metros. Cada pedaço leva o nome dos deputados
da bancada do Rio que não assinaram a proposta de abertura da CPI.
São Paulo terá uma caminhada e
um buzinaço. Em Curitiba, a semana começa com faixas nas avenidas com os nomes dos parlamentares da bancada paranaense
que também não assinaram a CPI.
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