São Paulo, sexta-feira, 25 de maio de 2001 |
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Suplente de ex-senador foi sócio de Luiz Estevão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Lindberg Cury, 66, assessor e suplente do ex-senador José Roberto Arruda, responde a vários processos fiscais e trabalhistas na Justiça Federal de Brasília que envolvem pelo menos três de suas empresas. Neste ano, apresentou recursos dos casos. As empresas são a Planalto de Automóveis, a Planalto Motors e a Planalto Tratores. Os recursos contestam dívidas tributárias. Cury culpa seu ex-sócio e hoje inimigo político, o ex-senador Luiz Estevão. "Eu perdi muito por causa dele. Já entrei com ação, mas prefiro não comentar isso", disse à Folha por telefone. Arruda renunciou por seu envolvimento na quebra do sigilo da votação de cassação do próprio Luiz Estevão. O Grupo OK, pertencente a Estevão, foi dono de metade da Planalto Administradora Nacional de Consórcios, de Cury, entre 1986 e 1995. Estevão seria responsável por uma série de fraudes que levaram essa e as empresas associadas à falência. Assessores de Cury disseram que os consorciados lesados já receberam seus automóveis. As dívidas que restam seriam apenas fiscais e trabalhistas. Bacharel em direito pela Universidade Federal de Goiás, Cury presidiu a Associação Comercial do DF e foi vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil. Apesar de ter sido avisado da renúncia pelo próprio Arruda na madrugada de ontem, disse ainda estar "surpreendido". O empresário já havia concorrido ao Senado em 1986 e 1990, mas não se elegeu. "A minha principal luta vai ser a defesa das microempresas. [Arruda] Foi um ótimo senador, mas cometeu um erro lamentável." Texto Anterior: Senado em crise: Arruda renuncia ao Senado, poupa FHC e já prepara volta pelo PFL Próximo Texto: Ex-senador tucano liderou operações abafa para FHC Índice |
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