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CASO JADER
Procurador pede quebra de sigilo de negociador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério Público Federal
no Distrito Federal pediu a quebra do sigilo bancário de Vicente
de Paula Pedrosa da Silva, acusado de venda irregular de TDAs
(Títulos da Dívida Agrária), em
1988, o que teria favorecido o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). A acusação está
sendo investigada em inquérito
da Polícia Federal.
O pedido do procurador-chefe
no DF, Luiz Augusto Santos Lima,
visa a rastrear ordens bancárias
para Silva feitas por Vera Arantes
Campos e seu marido, Serafim
Rodrigues de Moraes, entre outubro de 1988 e junho de 1989.
A quebra do sigilo deve ser decidida nesta semana pela 10ª Vara
da Justiça Federal em Brasília.
Originalmente, o delegado Luis
Fernando Ayres Machado, responsável pelo inquérito na PF, havia pedido quebra do sigilo bancário também de Vera Campos,
Serafim Moraes e da mulher de
Vicente, Diana Maria Guimarães
de Paula. A PF investiga acusação
de que o dinheiro pago pelo casal
Vera Campos e Serafim Moraes a
Silva pelos TDAs teria sido repassado ao presidente do Senado
pouco depois da negociação.
Em depoimento ao procurador,
o casal confirmou a compra dos
TDAs, mas negou que tenha presenciado Jader receber o cheque.
Os dois disseram ter visto o senador no hotel Hilton, em São Paulo, onde foi fechada a negociação.
Fazenda
A Polícia Militar do Pará informou que hoje é o prazo limite para que os 700 integrantes do MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra) deixem a fazenda do presidente do Senado,
Jader Barbalho (PMDB-PA), invadida há 11 dias.
Caso a ordem de desocupação
não seja cumprida, a polícia pretende retirar à força os sem-terra
amanhã pela manhã. É a segunda
vez que a fazenda Chão Preto é invadida neste ano. A primeira ação
aconteceu em 2 de maio.
O MST afirma que a fazenda do
senador, em Aurora do Pará (250
km ao sul de Belém), foi grilada e
exige do Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária) a desapropriação da área.
Uma ordem de reintegração de
posse ampara uma possível ação
dos PMs na fazenda. Lideranças
dos sem-terra no Pará afirmaram
que não pretendem desocupar o
local.
Colaborou a Agência Folha
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