São Paulo, segunda-feira, 25 de junho de 2001

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CASO JADER

Procurador pede quebra de sigilo de negociador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu a quebra do sigilo bancário de Vicente de Paula Pedrosa da Silva, acusado de venda irregular de TDAs (Títulos da Dívida Agrária), em 1988, o que teria favorecido o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). A acusação está sendo investigada em inquérito da Polícia Federal.
O pedido do procurador-chefe no DF, Luiz Augusto Santos Lima, visa a rastrear ordens bancárias para Silva feitas por Vera Arantes Campos e seu marido, Serafim Rodrigues de Moraes, entre outubro de 1988 e junho de 1989.
A quebra do sigilo deve ser decidida nesta semana pela 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília.
Originalmente, o delegado Luis Fernando Ayres Machado, responsável pelo inquérito na PF, havia pedido quebra do sigilo bancário também de Vera Campos, Serafim Moraes e da mulher de Vicente, Diana Maria Guimarães de Paula. A PF investiga acusação de que o dinheiro pago pelo casal Vera Campos e Serafim Moraes a Silva pelos TDAs teria sido repassado ao presidente do Senado pouco depois da negociação.
Em depoimento ao procurador, o casal confirmou a compra dos TDAs, mas negou que tenha presenciado Jader receber o cheque. Os dois disseram ter visto o senador no hotel Hilton, em São Paulo, onde foi fechada a negociação.

Fazenda
A Polícia Militar do Pará informou que hoje é o prazo limite para que os 700 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixem a fazenda do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), invadida há 11 dias.
Caso a ordem de desocupação não seja cumprida, a polícia pretende retirar à força os sem-terra amanhã pela manhã. É a segunda vez que a fazenda Chão Preto é invadida neste ano. A primeira ação aconteceu em 2 de maio.
O MST afirma que a fazenda do senador, em Aurora do Pará (250 km ao sul de Belém), foi grilada e exige do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a desapropriação da área.
Uma ordem de reintegração de posse ampara uma possível ação dos PMs na fazenda. Lideranças dos sem-terra no Pará afirmaram que não pretendem desocupar o local.


Colaborou a Agência Folha



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