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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Candidato do PSB diz que PT não teria como pagar cachê a publicitário
Garotinho desafia Lula a provar fonte de R$ 1 milhão
LIEGE ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidenciável do PSB, Anthony Garotinho, desafiou ontem
o adversário petista Luiz Inácio
Lula da Silva a provar de onde está
tirando o "cachê milionário de R$
1 milhão" para pagar o publicitário responsável pela campanha do
PT, Duda Mendonça.
"Esse R$ 1 milhão é só para o
Duda. Tem mais o pagamento da
produção, dos jornalistas. Acho
que o fundo [partidário" do PT
não tem condições de pagar isso.
Então, de onde vem o dinheiro?",
questionou o candidato, em entrevista ontem à Rádio Capital
AM, em São Paulo.
Garotinho escolheu o programa
de rádio apresentado pelo "amigo
Paulo Lopes" para reafirmar sua
candidatura à Presidência da República. Disse que não seria "moleque" para renunciar.
"Não estou em política para ser
vice. Não iria fazer uma molecagem com os eleitores renunciando em cima da hora", afirmou.
Para Garotinho, os boatos de
sua desistência na semana passada foram espalhados "pelo governo e pelo PT".
"Eles querem polarizar a eleição, mas não tem jeito. Espalharam isso porque sabiam que estavam fazendo pesquisa na semana
passada e queriam atrapalhar a
cabeça do eleitor", afirmou.
O presidenciável disse que o
PSB foi procurado pelo PT nesse
fim de semana. "Ofereceram ao
Miguel Arraes [presidente do partido" a vaga de vice. Mas não estamos à venda", afirmou.
Garotinho usou um bordão do
candidato ao governo de São Paulo Paulo Maluf (PPB) para frisar
que tem experiência: "Garotinho
fez e faz. Lula nunca governou. Ciro é governo. E como Serra vai pedir para ficar mais quatro anos se
não resolveu nada em oito?".
O presidenciável disse que não
se preocupa com o fato de ter apenas cerca de quatro minutos diários nos programas eleitorais gratuitos a partir de 20 de agosto.
"Quem tem o que falar não se
preocupa."
Na rádio, antecipou cenas de
seu primeiro programa no horário político. Disse que vai aparecer
um operário num estaleiro dando
um depoimento atestando que a
vida dele e de sua família melhorou "depois do governo Garotinho no Rio, por isso vou dar meu
voto [para presidente" para ele".
Em entrevista na saída da emissora, ele afirmou que ainda não
tem a definição de seu vice, que
será anunciado na quinta-feira.
"Só posso dizer duas coisas: ele
não é do Rio e é do PSB."
O coordenador da campanha de
Garotinho, Márcio França, afirmou ontem que a Executiva nacional do partido vai se reunir na
quinta-feira, em Brasília, para definir o vice. "Vamos formalizar de
uma vez por todas a chapa para
acabar com as especulações de
que a candidatura de Garotinho
não é para valer", disse.
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