São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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RUMO ÀS ELEIÇÕES

Candidato do PSB diz que PT não teria como pagar cachê a publicitário

Garotinho desafia Lula a provar fonte de R$ 1 milhão

LIEGE ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidenciável do PSB, Anthony Garotinho, desafiou ontem o adversário petista Luiz Inácio Lula da Silva a provar de onde está tirando o "cachê milionário de R$ 1 milhão" para pagar o publicitário responsável pela campanha do PT, Duda Mendonça.
"Esse R$ 1 milhão é só para o Duda. Tem mais o pagamento da produção, dos jornalistas. Acho que o fundo [partidário" do PT não tem condições de pagar isso. Então, de onde vem o dinheiro?", questionou o candidato, em entrevista ontem à Rádio Capital AM, em São Paulo.
Garotinho escolheu o programa de rádio apresentado pelo "amigo Paulo Lopes" para reafirmar sua candidatura à Presidência da República. Disse que não seria "moleque" para renunciar.
"Não estou em política para ser vice. Não iria fazer uma molecagem com os eleitores renunciando em cima da hora", afirmou.
Para Garotinho, os boatos de sua desistência na semana passada foram espalhados "pelo governo e pelo PT".
"Eles querem polarizar a eleição, mas não tem jeito. Espalharam isso porque sabiam que estavam fazendo pesquisa na semana passada e queriam atrapalhar a cabeça do eleitor", afirmou.
O presidenciável disse que o PSB foi procurado pelo PT nesse fim de semana. "Ofereceram ao Miguel Arraes [presidente do partido" a vaga de vice. Mas não estamos à venda", afirmou.
Garotinho usou um bordão do candidato ao governo de São Paulo Paulo Maluf (PPB) para frisar que tem experiência: "Garotinho fez e faz. Lula nunca governou. Ciro é governo. E como Serra vai pedir para ficar mais quatro anos se não resolveu nada em oito?".
O presidenciável disse que não se preocupa com o fato de ter apenas cerca de quatro minutos diários nos programas eleitorais gratuitos a partir de 20 de agosto. "Quem tem o que falar não se preocupa."
Na rádio, antecipou cenas de seu primeiro programa no horário político. Disse que vai aparecer um operário num estaleiro dando um depoimento atestando que a vida dele e de sua família melhorou "depois do governo Garotinho no Rio, por isso vou dar meu voto [para presidente" para ele".
Em entrevista na saída da emissora, ele afirmou que ainda não tem a definição de seu vice, que será anunciado na quinta-feira. "Só posso dizer duas coisas: ele não é do Rio e é do PSB."
O coordenador da campanha de Garotinho, Márcio França, afirmou ontem que a Executiva nacional do partido vai se reunir na quinta-feira, em Brasília, para definir o vice. "Vamos formalizar de uma vez por todas a chapa para acabar com as especulações de que a candidatura de Garotinho não é para valer", disse.



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