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Serra sobe 7 pontos em pesquisa CNT
DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidenciável José Serra
(PSDB) atingiu pela primeira vez
20,9% na pesquisa de intenção de
voto realizada pelo Instituto Sensus para a CNT (Confederação
Nacional do Transporte).
Serra, que nos últimos dois meses vinha perdendo posições, subiu 7,6 pontos percentuais em relação a maio, quando apareceu
empatado em terceiro com 13,3%.
No mesmo cenário, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) caiu dos 40,1% registrados
em maio para 36,1% neste mês.
Em simulação de um segundo
turno, Lula teria 45,4% dos votos,
e Serra, 39,7%. A margem de erro
da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos; o resultado pode, assim, ser
considerado empate técnico.
O levantamento é contratado
pela CNT, cujo presidente, Clésio
Andrade (PFL), se licenciou para
concorrer a vice-governador de
Minas Gerais na chapa encabeçada pelo tucano Aécio Neves.
A pesquisa também registra que
a rejeição a Serra oscilou de 40,9%
para 38% dos entrevistados.
Além disso, Serra se descola dos
demais candidatos no segundo
lugar. Ciro Gomes fica com 14,3%
(12% em maio), Garotinho com
13% (16,5% em maio) e Enéas,
que ainda não tinha desistido
quando a pesquisa foi feita, com
2,2% (1,9% no mês passado).
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado fala o nome de
seu candidato sem a apresentação
de uma lista de escolha, Serra salta
de 6,4% das intenções para 11,1%.
Lula fica praticamente igual, com
26,7% (tinha 27,7% em maio).
As 2.000 entrevistas para a pesquisa foram feitas entre 16 e 20 de
junho. De acordo com o presidente do Sensus, Ricardo Guedes,
dois fatores podem ter ajudado a
subida de Serra na pesquisa: a escolha da deputada Rita Camata
(PMDB) como vice na sua chapa e
o uso da instabilidade econômica
como elemento eleitoral. Em outra questão, de um universo de
35,3% dos entrevistados que tiveram conhecimento da indicação
de Rita Camata para vice de Serra,
54% consideraram que a deputada ajuda na campanha do tucano.
Não foram captados ainda na
pesquisa, segundo Guedes, os reflexos das denúncias de corrupção envolvendo a Prefeitura de
Santo André e petistas nem a
aliança entre o PT e o PL com a indicação do senador José Alencar
(PL-MG) para vice de Lula.
A pesquisa revelou que o fator
que mais pesa na escolha é a capacidade do candidato de combater
a violência e a criminalidade
(40%), de levar o país a se desenvolver (19,2%), de combater a
corrupção (13,1%), de melhorar a
escola pública e os serviços públicos de saúde (12,5%) e de controlar o custo de vida e evitar a volta
da inflação (9,6%).
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