São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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Serra sobe 7 pontos em pesquisa CNT

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidenciável José Serra (PSDB) atingiu pela primeira vez 20,9% na pesquisa de intenção de voto realizada pelo Instituto Sensus para a CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Serra, que nos últimos dois meses vinha perdendo posições, subiu 7,6 pontos percentuais em relação a maio, quando apareceu empatado em terceiro com 13,3%.
No mesmo cenário, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu dos 40,1% registrados em maio para 36,1% neste mês.
Em simulação de um segundo turno, Lula teria 45,4% dos votos, e Serra, 39,7%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos; o resultado pode, assim, ser considerado empate técnico.
O levantamento é contratado pela CNT, cujo presidente, Clésio Andrade (PFL), se licenciou para concorrer a vice-governador de Minas Gerais na chapa encabeçada pelo tucano Aécio Neves.
A pesquisa também registra que a rejeição a Serra oscilou de 40,9% para 38% dos entrevistados.
Além disso, Serra se descola dos demais candidatos no segundo lugar. Ciro Gomes fica com 14,3% (12% em maio), Garotinho com 13% (16,5% em maio) e Enéas, que ainda não tinha desistido quando a pesquisa foi feita, com 2,2% (1,9% no mês passado).
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado fala o nome de seu candidato sem a apresentação de uma lista de escolha, Serra salta de 6,4% das intenções para 11,1%. Lula fica praticamente igual, com 26,7% (tinha 27,7% em maio).
As 2.000 entrevistas para a pesquisa foram feitas entre 16 e 20 de junho. De acordo com o presidente do Sensus, Ricardo Guedes, dois fatores podem ter ajudado a subida de Serra na pesquisa: a escolha da deputada Rita Camata (PMDB) como vice na sua chapa e o uso da instabilidade econômica como elemento eleitoral. Em outra questão, de um universo de 35,3% dos entrevistados que tiveram conhecimento da indicação de Rita Camata para vice de Serra, 54% consideraram que a deputada ajuda na campanha do tucano.
Não foram captados ainda na pesquisa, segundo Guedes, os reflexos das denúncias de corrupção envolvendo a Prefeitura de Santo André e petistas nem a aliança entre o PT e o PL com a indicação do senador José Alencar (PL-MG) para vice de Lula.
A pesquisa revelou que o fator que mais pesa na escolha é a capacidade do candidato de combater a violência e a criminalidade (40%), de levar o país a se desenvolver (19,2%), de combater a corrupção (13,1%), de melhorar a escola pública e os serviços públicos de saúde (12,5%) e de controlar o custo de vida e evitar a volta da inflação (9,6%).


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