São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2002

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Servidor confirmou irregularidades em prefeitura, dizem promotores

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Promotoria de Justiça Criminal de Santo André ouviu ontem um funcionário público que, segundo os promotores, confirmou supostas irregularidades em contratos de prestação de serviço entre a prefeitura e a Rotedali.
O engenheiro, cujo nome é mantido em sigilo, foi ouvido ontem pelo Ministério Público, após ter sido citado no depoimento de João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado Celso Daniel, como potencial fonte de esclarecimento das irregularidades do município de Santo André.
A empresa Rotedali pertence a Ronan Maria Pinto, acusado formalmente pela Promotoria por formação de quadrilha e extorsão de dinheiro de empresários do setor de transporte público da cidade. Esse dinheiro, segundo João Francisco, serviu para financiar campanhas eleitorais do PT.
Para negociar com a Rotedali -especializada em limpeza pública-, a prefeitura fez o caminho inverso das contratações: rescindiu um contrato que ainda estava dentro do prazo legal e, em regime emergencial, firmou contrato com a empresa.
O engenheiro ouvido pela Promotoria trabalha na Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) que, por determinação municipal, é a responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela Rotedali.
O engenheiro disse à Promotoria não ter conhecimento de que as supostas irregularidades nos contratos, que são mantidas sob sigilo, tinham relação com campanhas eleitorais.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, deverá entregar hoje à Procuradoria Geral da República, em Brasília, as denúncias de suposto uso eleitoral do dinheiro extorquido de empresários de transporte de Santo André.



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