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Servidor confirmou irregularidades em prefeitura, dizem promotores
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Promotoria de Justiça Criminal de Santo André ouviu ontem
um funcionário público que, segundo os promotores, confirmou
supostas irregularidades em contratos de prestação de serviço entre a prefeitura e a Rotedali.
O engenheiro, cujo nome é
mantido em sigilo, foi ouvido ontem pelo Ministério Público, após
ter sido citado no depoimento de
João Francisco Daniel, irmão do
prefeito assassinado Celso Daniel,
como potencial fonte de esclarecimento das irregularidades do
município de Santo André.
A empresa Rotedali pertence a
Ronan Maria Pinto, acusado formalmente pela Promotoria por
formação de quadrilha e extorsão
de dinheiro de empresários do setor de transporte público da cidade. Esse dinheiro, segundo João
Francisco, serviu para financiar
campanhas eleitorais do PT.
Para negociar com a Rotedali
-especializada em limpeza pública-, a prefeitura fez o caminho inverso das contratações: rescindiu um contrato que ainda estava dentro do prazo legal e, em
regime emergencial, firmou contrato com a empresa.
O engenheiro ouvido pela Promotoria trabalha na Semasa (Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental) que, por determinação municipal, é a responsável pela fiscalização dos serviços prestados pela Rotedali.
O engenheiro disse à Promotoria não ter conhecimento de que
as supostas irregularidades nos
contratos, que são mantidas sob
sigilo, tinham relação com campanhas eleitorais.
O procurador-geral de Justiça
de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, deverá entregar hoje à Procuradoria Geral da República, em
Brasília, as denúncias de suposto
uso eleitoral do dinheiro extorquido de empresários de transporte de Santo André.
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