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"Preciso ver se há lugar para os meus livros"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dilma Rousseff, 57, tem um
bom motivo para não saber se a
condição de mulher ajuda ou
atrapalha numa função tão estratégica como a Casa Civil:
"Como é que eu vou saber? Eu
nunca fui homem!", brincou.
Determinada, com imagem
de "durona", Dilma tornou-se,
aos 22 anos, militante de grupos de esquerda armados que
combatiam a ditadura. Foi presa e torturada. Depois, como
economista, acabou se especializando na área energética, virou ministra das Minas e Energia e, agora, chefe da Casa Civil
do governo Lula. Mineira radicada no Rio Grande do Sul, tem
uma grande paixão: a leitura
-é o que salva sua rotina de
trabalho em Brasília, onde mora de segunda a sexta.
Com jornadas de 12, 13 e 14
horas diárias, não tem tempo
para cinemas, barzinhos ou
mesmo restaurantes. Em dois
anos e meio, foi ao cinema duas
vezes em Brasília. Essas são coisas que Dilma reserva para os
sábados e domingos em Porto
Alegre, onde vivem a única filha, Paula, e três de suas paixões: seus cães vira-latas.
Completa hoje o quarto fim
de semana sem voltar para sua
cidade. Deve aproveitar para
visitar a bem localizada casa
usada por José Dirceu. Dilma
sempre morou em casas, mas
quebrou a rotina com um apartamento em Brasília. Não sabe
se vai para a casa de Dirceu:
"Preciso ir lá antes para ver se
há lugar para todos os meus livros. Tenho muitos livros".
Alguns lhe foram presenteados por embaixadores do Brasil no exterior, como alguns japoneses. Uma outra coleção
asiática de que gosta muito é a
chinesa "Pavilhão Escarlate",
em quatro volumes, traduzida
para o inglês.
(EC e HM)
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