São Paulo, sábado, 25 de junho de 2005

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"Preciso ver se há lugar para os meus livros"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dilma Rousseff, 57, tem um bom motivo para não saber se a condição de mulher ajuda ou atrapalha numa função tão estratégica como a Casa Civil: "Como é que eu vou saber? Eu nunca fui homem!", brincou.
Determinada, com imagem de "durona", Dilma tornou-se, aos 22 anos, militante de grupos de esquerda armados que combatiam a ditadura. Foi presa e torturada. Depois, como economista, acabou se especializando na área energética, virou ministra das Minas e Energia e, agora, chefe da Casa Civil do governo Lula. Mineira radicada no Rio Grande do Sul, tem uma grande paixão: a leitura -é o que salva sua rotina de trabalho em Brasília, onde mora de segunda a sexta.
Com jornadas de 12, 13 e 14 horas diárias, não tem tempo para cinemas, barzinhos ou mesmo restaurantes. Em dois anos e meio, foi ao cinema duas vezes em Brasília. Essas são coisas que Dilma reserva para os sábados e domingos em Porto Alegre, onde vivem a única filha, Paula, e três de suas paixões: seus cães vira-latas.
Completa hoje o quarto fim de semana sem voltar para sua cidade. Deve aproveitar para visitar a bem localizada casa usada por José Dirceu. Dilma sempre morou em casas, mas quebrou a rotina com um apartamento em Brasília. Não sabe se vai para a casa de Dirceu: "Preciso ir lá antes para ver se há lugar para todos os meus livros. Tenho muitos livros".
Alguns lhe foram presenteados por embaixadores do Brasil no exterior, como alguns japoneses. Uma outra coleção asiática de que gosta muito é a chinesa "Pavilhão Escarlate", em quatro volumes, traduzida para o inglês. (EC e HM)


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