São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006 |
Próximo Texto | Índice
Painel Renata Lo Prete painel@uol.com.br Plano de expansão
O PMDB planeja entrar no eventual segundo mandato de Lula não apenas com mais e melhores ministérios, mas também com uma bancada na Câmara robustecida pelos órfãos da cláusula de barreira. O comando governista do partido estima que cerca de 80
dos 513 deputados serão eleitos por siglas que não
cumprirão as exigências da legislação para receber dinheiro do fundo partidário e ter tempo de televisão. Alô, TSE. O "Jornal da Agricultura Familiar", publicação de 16 páginas com as logomarcas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Incra e do governo federal, foi distribuído aos convencionais. Atrás do palco. O marqueteiro João Santana, autor do slogan e dos jingles da campanha de Lula, ficou o tempo todo nos bastidores ontem. Em tudo diferente da performance de Duda Mendonça no evento de 2002. Arco-íris. Pós-mensalão e em tempo de Copa, as cores da bandeira brasileira dominaram os painéis e balões na convenção. O vermelho do PT ficou restrito a uma estrela de balões no teto do auditório. Cola. Marcelo Déda, ex-prefeito de Aracaju e candidato ao governo de Sergipe, dançava ao som do novo jingle de Lula, elogiando o refrão que diz "deixa o homem trabalhar": "Isso, no Nordeste, vai grudar que nem visgo de jaca". Fagocitose. A dificuldade em obter apoio petista a seus candidatos competitivos não é o único fator a incomodar o PC do B e o PSB. As duas siglas concluíram que o plano do PT, Lula à frente, é aproveitar a peneira da cláusula de desempenho para absorvê-las.
Pode esperar. Quem conhece Lula acha que não sairá
de graça para Eduardo Campos ter mantido o PSB fora da
aliança formal com o presidente, que assim se viu privado de dois minutos na TV. Ruído. Em visita ao interior de Alagoas, um deputado foi abordado por uma eleitora, que lhe perguntou: "A oposição mudou de candidato?". Diante da resposta negativa, ela insistiu: "Mudou, sim! Antes era um tal de Alqui. Agora é um tal de Geraldo". No muro. Como em outros Estados, a ordem em Alagoas é não nacionalizar a campanha. Para ter o apoio de Renan Calheiros (PMDB), o tucano Teotônio Vilela Filho deve moderar críticas a Lula, detentor de mais de 60% da intenção de voto local. Superpoderosas. Os pefelistas se apavoram diante da possibilidade de a deputada Luci Choinacki (PT-SC) se eleger senadora para formar dupla com Ideli Salvatti. A líder petista se diverte: "Perto da "Polaca", eu sou light".
Intensivão. Comunicado
da direção do Senado fixou o
horário do expediente na terça, dia de jogo do Brasil, das
8h30 às 11h30. Para disfarçar
a folga, o texto avisa que, nessas três horas, a Casa trabalhará "ininterruptamente". Do secretário-geral do PT, RAUL PONT , que tentou em vão colocar na pauta do Diretório Nacional, na sexta, a avaliação imediata de eventuais punições internas para os mensaleiros do partido. Contraponto Ordem das coisas
Orestes Quércia (PMDB) e José Serra (PSDB), que ao
longo da semana negociaram na tentativa de fechar aliança para a eleição deste ano, tiveram suas divergências no
governo de Franco Montoro (1983-1987), do qual o primeiro foi vice, e o segundo, secretário do Planejamento. |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |