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Governo acaba com equivalência
salarial em financiamento novo
da Sucursal de Brasília
O pacote de incentivo à habitação anunciado pelo presidente
Fernando Henrique Cardoso para
combater o desemprego extingue
o plano de equivalência salarial
nos novos financiamentos habitacionais e reduz juros de mutuários
com faixas de renda entre R$ 960 e
R$ 1.560.
O pacote flexibiliza regras do
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e do SFH (Sistema Financeiro da Habitação)
para, assim, incentivar as construtoras e os mutuários a contrair
empréstimos.
Esse setor responde com rapidez
a medidas de incentivo, ampliando a oferta de empregos.
O desemprego é apontado como
uma das causas da queda de FHC
nas pesquisas eleitorais. Em abril,
a taxa de desemprego medida pelo
IBGE foi de 7,94%.
O objetivo do governo é acelerar
a concessão de R$ 6 bilhões em financiamentos com recursos que já
estavam anteriormente previstos
nos orçamentos da União e do
FGTS e na programação da Caixa
Econômica Federal.
"Não é dinheiro novo. Os desembolsos já estavam programados. Estamos é buscando mais eficácia", disse o ministro do Planejamento, Paulo Paiva.
A principal modificação do pacote habitacional foi o fim da equivalência salarial no SFH. Por esse
sistema, as prestações só subiam
de acordo com os reajustes salariais. O fim da equivalência poderá
ser estendido também para empréstimos com recursos do FGTS.
Para o governo, essa regra protegia o mutuário contra aumentos
excessivos, mas desestimulava os
bancos privados a conceder novos
financiamentos.
O governo também baixou os juros de parte dos financiamentos
com verbas do FGTS, mas a medida beneficiará apenas uma parcela
pequena dos contratos.
Antes, esses mutuários pagavam
juros de 9% e, a partir dos novos
empréstimos, serão cobrados 8%.
Nas demais faixas de renda, as
taxas de juros subirão. Para compensar essa elevação, o governo
criou um sistema de subsídios.
O governo também espera redução nas prestações com a mudança do sistema de seguro habitacional. Os novos contratos poderão
ser fechados livremente com seguradoras do mercado.
Outra medida permite a concessão de novos empréstimos do SFH
para quem já tem casa própria.
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