|
Texto Anterior | Índice
OUTRO LADO
Lila diz que não pediu pena
da Reportagem Local
A assessora de imprensa do
governador Mário Covas,
Mary Zaydan, afirmou ontem
que a primeira-dama Lila Covas não solicitou nem foi informada sobre a punição do tenente Mantovani. "A comunicação do problema foi feita diretamente pela ajudante-de-ordens de Lila, cumprindo uma praxe da PM."
Ainda segundo a assessora de
Covas, a punição do tenente
Mantovani ocorreu porque ele
não tratou corretamente a ajudante-de-ordens de Lila, tenente Ana Cláudia de Paula.
"Não foi porque ele não deixou o cachorro entrar", completou a assessora.
Segundo o chefe da Casa Militar de Covas, coronel
Sant'Anna, ele comunicou o
problema no canil ao comandante-geral da PM, Carlos Alberto de Camargo, porque
Mantovani teria tratado a ajudante-de-ordens de Lila de
maneira "grosseira". Segundo Sant'Anna, Lila Covas estava próxima e ouviu o tratamento dispensado por Mantovani à tenente Ana Cláudia.
"Ele foi grosso", disse.
O comandante do 3º Batalhão de Choque, tenente-coronel Jairo Paes de Lira, afirmou
que puniu o tenente Mantovani porque não haveria a hipótese de ele não saber que se tratava da primeira-dama.
"Ela (Lila Covas) é uma pessoa conhecida e não há hipótese de um oficial da PM não a ter
reconhecido", disse Lira.
Ainda segundo o coronel, a
tenente Ana Cláudia, que
acompanhava Lila, deixou claro a Mantovani que se tratava
da primeira-dama.
"Além disso, cabe o bom
senso do oficial. Quantas autoridades governamentais têm
direito de andar acompanhadas de uma ajudante-de-ordens da PM?", questionou.
Para o coronel, Mantovani
deveria atender pessoalmente
a primeira-dama e explicar que
os filhotes só poderiam entrar
no canil se tivessem passado
pelo exame médico. "Ele não
atendeu corretamente uma autoridade governamental e por
isso foi punido", disse.
(LHA)
Texto Anterior | Índice
|