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OUTRO LADO
Em nota, Exército admite atividades sociais no Pará
DA ENVIADA ESPECIAL
O Exército reconheceu em
nota enviada à Folha que
mantém atividades "cívico-sociais" no sul do Pará e que
"certamente" a população,
inclusive seus antigos colaboradores, tem se beneficiado da "prestação de assistência médica e dentária, distribuição de alimentos, assistência a escolas, reparação
de estradas, execução de pequenos serviços e outras atividades que são realizadas
nessa e em outras regiões carentes do país".
A nota frisa, no entanto,
que "o procedimento ético
do Exército Brasileiro não
admite, em hipótese alguma,
obter a concordância das
pessoas com favorecimento
de qualquer espécie".
O documento, expedido
pelo Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomsex), diz que sua atuação na região se dá por meio
da 23ª Brigada de Infantaria
da Selva, descartando a existência do escritório de inteligência apontado pelos ex-colaboradores dos militares
em entrevista à Folha.
Por meio de sua assessoria,
a Secretaria de Segurança
Institucional da Presidência
da República declarou que
"o assunto não é de sua área
de competência".
A nota do Exército reconhece também a realização
de operações de "reconhecimento" na área em que travou com militantes do PC do
B os confrontos que caracterizaram a guerrilha.
De acordo com o documento, atividades do gênero
são desenvolvidas em outras
regiões do país e visam "a
realização de exercícios militares e desenvolver outras
atividades relacionadas à
preparação da tropa (...)".
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