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Publicitário diz
que não aceitará
calote do partido
DA AGÊNCIA FOLHA
Marcos Valério Fernandes de
Souza divulgou ontem nota na
qual nega que tenha chantageado
o PT e acusou o partido de ter armado essa versão "para dar-lhe o
calote nos empréstimos feitos legalmente no sistema bancário".
Segundo a revista "Veja", o publicitário teria telefonado ao ex-presidente da Câmara, deputado
João Paulo Cunha (PT-SP), pedindo garantias para não ser preso e R$ 200 milhões em troca de
seu silêncio. Esse dinheiro viria,
segundo a revista, do fim da liquidação do Banco Econômico.
Em entrevista exclusiva publicada ontem na Folha, Valério negou a acusação de chantagem.
Disse que interpretou a reportagem como uma declaração de
guerra do PT e que, a partir de
agora, se sentia "sem compromisso com ninguém do partido":
"Não vão jogar essa bomba no
meu colo", afirmou, ameaçando
desembarcar em Brasília com
"quilos de documentos": "Quem
tiver motivos para preocupação
pode ir se preocupando", disse.
Na nota divulgada ontem, Valério diz que "não aceitará o calote
do PT e cobrará a dívida judicialmente". Ele informa que entregará à Procuradoria Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal nesta semana "farta documentação comprovando a regularidade da movimentação financeira de suas empresas". As empresas de Valério fizeram cinco
empréstimos bancários, em 2003
e 2004, cujos valores atualizados
ultrapassam os R$ 93 milhões. Esses valores teriam sido repassados
ao PT mediante empréstimos.
Na nota, Valério diz que inexistem "fontes secretas que injetam
recursos em suas empresas": "As
receitas e o patrimônio delas são
resultados de mais de 20 anos de
atuação comprovada no mercado
publicitário nacional". Ele afirma
que "não entende por que alguns
políticos afirmam que receberam
doações da Usiminas, uma vez
que, na verdade, as doações foram da SMPB". À tarde, ele reafirmou o teor da nota à rádio CBN.
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