São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002

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Pepebista tem condenação por improbidade

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PPB ao governo paulista, Paulo Maluf, tem uma condenação definitiva por improbidade administrativa, apesar de repetir que nunca foi condenado. Em pelo menos mais cinco casos, Maluf tem condenações em processos que ainda não terminaram.
Em 9 de outubro de 1994, o empresário Georges Gazale publicou anúncio na primeira página do jornal "O Estado de S. Paulo" em que atacava Maluf e seu secretariado por causa da demolição, ordenada pela prefeitura, de sua floricultura, que avançava na calçada. A prefeitura, então, pagou a publicação de outro anúncio, também na primeira página do "Estado", para defender o então prefeito.
O Ministério Público do Estado propôs ação por ato de improbidade administrativa e, em março de 1996, Maluf foi condenado a devolver ao erário o valor gasto com o anúncio e a pagar uma multa. O Tribunal de Justiça confirmou a sentença e o Superior Tribunal de Justiça não chegou a analisar a questão por uma falha dos advogados de Maluf. A ação terminou em 5 de março de 2001.
Em junho do ano passado, o promotor Nilo Spinola Salgado Filho ingressou com ação de execução para que o ex-prefeito pagasse R$ 493 mil ao município em razão da condenação.
A derrota mais importante de Maluf na Justiça data de 2000, quando o ex-prefeito foi condenado a devolver R$ 1,2 bilhão aos cofres da Prefeitura de São Paulo, por causa das despesas que fez com obras em 1996.
Ele também foi condenado à perda da função pública que eventualmente estiver ocupando quando a ação terminar, à suspensão dos direitos políticos por três anos, ao pagamento de multa de cem vezes o salário que ele recebia na prefeitura e à proibição de contratar com o poder público por três anos.
Além de ser a condenação de maior valor, essa é a única que impôs a Maluf a pena de perda da função pública. Seus advogados entraram com recurso, que não foi analisado pelo TJ.
Maluf também foi condenado a ressarcir ao erário cerca de US$ 200 milhões, gastos pela Paulipetro. Os advogados também entraram com recursos.


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