|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ex-líder do PT explica saques de sua assessora
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Quase dois meses depois da divulgação das denúncias, o deputado Paulo Rocha, ex-líder do PT
na Câmara, disse ontem que recebeu R$ 620.024,60 do diretório
nacional do partido para pagar dívidas de campanha no Pará.
Dados da CPI dos Correios revelam que sua assessora parlamentar Anita Leocádia Pereira sacou R$ 920 mil no Banco Rural
em Brasília e em São Paulo. De
acordo com Rocha, os outros R$
300 mil foram para o PSB do Pará.
"Demorei para prestar contas
porque fui buscar as notas. Fiquei
esperando as explicações do diretório nacional, do Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT]. As explicações dele criaram as condições para que os Estados explicitassem a questão", disse Rocha.
O deputado, que é presidente do
diretório estadual do PT no Pará,
classificou o ato da assessora como "irregular, mas não estranho", pois ela teria feito os saques
"na condição de militante" do PT.
Rocha disse que os saques não
são motivos para a sua eventual
cassação: "Não cometi nenhum
crime, não matei, não roubei.
Cumpri meu dever de presidente
regional do PT". Admitiu, no entanto, que os valores sacados por
sua assessora parlamentar não foram contabilizados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará.
Ex-líder do governo, o deputado Professor Luizinho (PT-SP)
disse que não sabia que um funcionário de seu gabinete, José Nilson dos Santos, havia sacado R$
20 mil de uma agência do Banco
Rural de São Paulo. "Ele tinha autonomia para pedir dinheiro e fazer pagamentos." Segundo o deputado, o dinheiro foi gasto no
pagamento de campanhas para
vereador no interior de São Paulo.
Texto Anterior: CPI dos Correios: Genro de deputado diz que sabia de "mensalão" Próximo Texto: Visita inesperada: Ex-mulher dá brinde e acusa presidente do PL Índice
|