São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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Ex-líder do PT explica saques de sua assessora

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Quase dois meses depois da divulgação das denúncias, o deputado Paulo Rocha, ex-líder do PT na Câmara, disse ontem que recebeu R$ 620.024,60 do diretório nacional do partido para pagar dívidas de campanha no Pará.
Dados da CPI dos Correios revelam que sua assessora parlamentar Anita Leocádia Pereira sacou R$ 920 mil no Banco Rural em Brasília e em São Paulo. De acordo com Rocha, os outros R$ 300 mil foram para o PSB do Pará.
"Demorei para prestar contas porque fui buscar as notas. Fiquei esperando as explicações do diretório nacional, do Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT]. As explicações dele criaram as condições para que os Estados explicitassem a questão", disse Rocha.
O deputado, que é presidente do diretório estadual do PT no Pará, classificou o ato da assessora como "irregular, mas não estranho", pois ela teria feito os saques "na condição de militante" do PT.
Rocha disse que os saques não são motivos para a sua eventual cassação: "Não cometi nenhum crime, não matei, não roubei. Cumpri meu dever de presidente regional do PT". Admitiu, no entanto, que os valores sacados por sua assessora parlamentar não foram contabilizados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará.
Ex-líder do governo, o deputado Professor Luizinho (PT-SP) disse que não sabia que um funcionário de seu gabinete, José Nilson dos Santos, havia sacado R$ 20 mil de uma agência do Banco Rural de São Paulo. "Ele tinha autonomia para pedir dinheiro e fazer pagamentos." Segundo o deputado, o dinheiro foi gasto no pagamento de campanhas para vereador no interior de São Paulo.

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