|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brito e Mendonça trocam acusações
da Agência Folha
do enviado especial
O jurado Sílvio Queiroz Mendonça, que emitiu sua opinião na
primeira sessão do julgamento
dos policiais militares envolvidos
no massacre de Eldorado do Carajás (sul do Pará), disse que "há
interesse político" do jurado Fernando Brito em acusá-lo de suborno.
"Ele usa estrelinha do PT e, durante o julgamento, esteve várias
vezes ao lado da vice-prefeita Ana
Júlia Carepa (PT)", disse Mendonça. Brito foi procurado pela
Folha, mas não foi encontrado.
Foi Ana Júlia quem levantou a
suspeita de que Mendonça teria
recebido dinheiro para absolver
os oficiais da PM.
Brito, que fazia parte da lista de
jurados mas não foi sorteado, disse que Mendonça teria perguntado em "tom de brincadeira": "R$
3.000 "morre" (é o bastante) para
salvar o coronel?".
Mendonça desafiou Brito. "Eu
nunca falei com este senhor. Quero ver ele falar isso cara a cara".
Disse ainda que Brito seria assessor da vice-prefeita. Ana Júlia
nega a informação. "Ele é funcionário concursado e trabalha há 16
anos na prefeitura, mas nunca
trabalhou diretamente comigo."
Mendonça disse que vem sendo
ameaçado desde sábado. "Recebi
telefonemas de pessoas falando
que ia me arrepender do que fiz,
que sabiam meu endereço, que
eu tivesse muito cuidado."
Processo administrativo
O Conselho Regional de Contabilidade divulgou que o jurado
Sílvio Queiroz Mendonça não
tem diploma de curso superior
em contabilidade, conforme
consta do currículo divulgado pelo TJ do Pará. No ano passado,
Mendonça respondeu processo
administrativo por "exercício ilegal da profissão".
Mendonça negou a afirmação.
Ele disse que não exerce a profissão, apesar de ter curso superior
em contabilidade, e que nunca foi
notificado de que corria contra ele
o processo.
(LI e LF)
Texto Anterior: Suspeita será investigada Próximo Texto: Entenda o caso dos jurados Índice
|