DA SUCURSAL DO RIO

Campanha de rua (principalmente na zona oeste), apelo ao eleitorado de esquerda e a preparação de uma gigantesca boca-de-urna (proibida pela legislação eleitoral) são os eixos da campanha de Benedita da Silva (PT) na reta final da disputa.
Ela fará nesta semana caminhadas com Lula e José Dirceu, dirigentes do PT nacional. Mas parte da militância carioca, ligada a setores radicais do partido, se nega a apoiá-la.
Preocupados com a possibilidade de ficar fora do segundo turno, os petistas querem abocanhar uma fatia dos eleitores de outros candidatos de esquerda, como Leonel Brizola (PDT, 9% da intenção de votos na pesquisa Datafolha).
"Está claro que a candidata de esquerda mais bem colocada é Benedita", disse o deputado Carlos Santana (PT-RJ). "Se fosse o Brizola, eu defenderia o apoio a ele", afirmou.
O reforço da campanha na zona oeste (região de classe média baixa e bolsões de pobreza) ocorre quando Benedita aparenta dificuldades na zona sul, onde se concentra a elite carioca. Sua caminhada em Copacabana e Ipanema chamou a atenção pela indiferença de quem estava na praia.
Se chegar ao segundo turno, o PT pedirá apoio até de Cesar Maia e Ronaldo Cezar Coelho, candidato do PSDB. Sobre uma possível aliança com tucanos, Bittar disse que "nem sempre, na política brasileira, se pode exigir um nível de coerência próprio de países desenvolvidos". (MM)


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