São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2004

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ENTENDA O CASO

Suposta quadrilha age em 10 cidades do Estado

DO ENVIADO A RIBEIRÃO PRETO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O escândalo Waldomiro Diniz, em fevereiro deste ano, deu início a investigação sobre o grupo Leão Leão, maior empresa de lixo de Ribeirão Preto (SP).
Os executivos da Leão Leão são hoje investigados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e pela Polícia Civil por formarem uma suposta quadrilha que atua na cooptação de agentes públicos para beneficiar a empresa em licitações em pelo menos dez municípios do Estado.
Em fevereiro, o Ministério Público Federal de Brasília investigou a denúncia de que Waldomiro, ex-assessor do ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia pedido propina em troca da renovação do contrato da GTech com a Caixa Econômica Federal. Segundo executivos da GTech, o dinheiro deveria ser pago a uma empresa de Rogério Buratti, ex-secretário do atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, durante sua primeira gestão como prefeito de Ribeirão (93-96). Na época do escândalo Waldomiro, Buratti era vice-presidente da Leão Leão.
Após as denúncias dos executivos da GTech, o Ministério Público de Ribeirão começou a investigar Buratti. Os promotores conseguiram autorização judicial para fazer interceptações telefônicas nos aparelhos de Buratti e de outros executivos da Leão Leão.
As escutas revelam supostas combinações entre executivos da Leão Leão e outras empresas de lixo que participaram ou queriam participar de concorrências e a cooptação de servidores.


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