DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Eduardo Jorge, que começou a semana como um dos nomes mais cotados para assumir o Ministério da Saúde em um eventual governo Lula, termina o período desgastado e quase fora da lista para ocupar o cargo.
A razão do desgaste é a nota que distribuiu anteontem à imprensa, criticando José Genoino, candidato do PT ao governo paulista.
No documento, ele afirma: "Os dois candidatos ao governo do Estado de São Paulo têm feito críticas simplistas e eleitoreiras ao Sistema Único de Saúde. [...] É claro que falta muito por fazer, porém muito já se andou. O importante é não se desviar do caminho. Uma boa contribuição dos candidatos seria mostrar como irão aumentar os poucos recursos orçamentários que nós temos disponíveis para o SUS no Brasil".
Genoino está 16 pontos atrás de Geraldo Alckmin (PSDB), segundo pesquisa Datafolha.
Paulo Frateschi, presidente do PT-SP e coordenador-geral da campanha de Genoino, por meio da imprensa, chamou Eduardo Jorge de "traidor". Disse que ele sofreria "na pele" as consequências de seus atos e pediu à coordenação nacional do partido que não o indicasse para o ministério.
O deputado federal eleito Emídio de Souza (PT) diz não concordar com os adjetivos usados por Frateschi. Mas afirma que as declarações dele refletem a "indignação" do PT com a atitude do secretário. (GABRIELA ATHIAS)



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