DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O acirramento da disputa ao governo do Paraná se refletiu já na abertura do debate entre Roberto Requião (PMDB) e Alvaro Dias (PDT), ontem à noite, na TV Paranaense. Os dois iniciaram o confronto trocando acusações.
O primeiro tema sorteado -"violência entre os jovens"- estimulou a troca de ataques. Alvaro exibiu documento atribuído ao Tribunal de Justiça do Paraná em que o governo Requião (1991-1994) é apontado como responsável pela morte do líder sem-terra Diniz Bento da Silva -conhecido por Teixeirinha.
"Me admira que alguns líderes do PT declarem apoio ao meu adversário", afirmou Alvaro.
A mediadora, Sandra Annenberg, interveio, alertando que a exibição de documentos estava vetada pelas regras acordadas com os assessores.
Requião devolveu o ataque acusando Alvaro de receber o apoio de delegados acusados de comandar o crime organizado.
"No Paraná tem uma polícia bandida envolvida com o narcotráfico e o desmanche de carros, revelada pela CPI do Narcotráfico, e tem comitê dessa polícia apoiando o Alvaro".
Requião tentou explorar negativamente o apoio do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), ao candidato pedetista. "Eu me nego a entrar nessa agressão", respondeu o pedetista.
Pesquisa do Ibope divulgada segunda-feira aponta Requião em vantagem de quatro pontos em relação a Alvaro (46% a 42%). Os índices configuram empate técnico, pela margem de erro de 2,3 pontos para mais ou para menos. (MARI TORTATO)


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