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João Paulo ataca Queiroz, mas diz que criticar viagens é "bobagem"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), disse ontem que as críticas às viagens do
Executivo e Legislativo são uma
"bobagem" e devem ser feitas
quando há exagero. Na próxima
semana ele e mais cinco deputados vão para Nova York participar como observadores da 58ª Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Entre exemplos de viagens passíveis de críticas, ele fez referência
à do ministro Agnelo Queiroz
(Esportes) para os Jogos Pan-americanos na República Dominicana. Queiroz embolsou a diária recebida do governo e pagou
suas despesas com recursos do
COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Pressionado, devolveu o dinheiro. "Se o sujeito ganhou duas
diárias e ficou com uma, tem que
devolver", disse João Paulo.
O presidente da Casa minimizou as críticas feitas às viagens de
maneira geral. "O que as pessoas
querem? Que o Brasil não se relacione com outros países? Tem que
ver se a viagem é produtiva, se
tem razão de ser. Se é inútil, para
tratar de coisa particular, fazer
compras, tem que denunciar."
O líder do PMDB, deputado Eunício Oliveira (CE), disse ontem
que não vai usar passagens e diárias da Câmara para ir a Nova
York. "Quando o João Paulo me
convidou, eu já ia para Nova York
participar da entrega do prêmio
"O Homem do Ano". Não tem sentido receber passagens e diárias."
Além da comitiva que está viajando agora, o líder do PPS, deputado Roberto Freire (PE), também esteve em Nova York, entre
os dias 14 e 17 deste mês, com despesas pagas pela Casa, como observador da Assembléia da ONU.
Contando Freire, a Câmara vai
gastar R$ 35,7 mil em passagens,
hospedagens e diárias para a reunião da ONU. Neste ano, a Câmara custeou 210 viagens, o que representou R$ 644.368,79.
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