São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2004

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Para Dirceu, PT aceita perder pasta

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro José Dirceu (Casa Civil) disse ontem em São Paulo que considera "natural" a inclusão do PP no ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a "rediscussão" da participação do PMDB no governo -o que pode significar maior número de ministérios.
Dirceu, que participava do 24º Encontro Nacional de Comércio Exterior, indicou ainda que aceitaria que o PT abrisse mão de cargos no primeiro escalão para permitir a entrada de novos ministros desses partidos.
"Não vejo nenhum problema de o PT ter mais ou menos ministérios. Ninguém no PT está questionando isso", afirmou.
"O governo Lula não foi eleito pelo PT. Foi eleito por uma aliança, que depois se transformou numa coalizão de governo", disse o ministro-chefe da Casa Civil. "O PP apóia o governo desde o começo. É natural que o PP participe agora do governo ministerial. E o PMDB, equacionando sua questão interna, também é natural, pelo seu peso político-social, político-eleitoral e parlamentar, que rediscuta com o presidente a sua participação no governo."
Dirceu disse ainda não haver "divergência de fundo" sobre a política econômica dentro do governo, embora tenha reconhecido que existe o debate sobre as políticas fiscal e monetária (da qual ele próprio participaria, sendo favorável a mudanças).
"Tenho conversado com o presidente e não há nenhuma divergência de fundo entre nós com relação à condução que o ministro Palocci vem dando à política econômica", disse. "Temos no governo uma política que viabilizou o crescimento. As questões de política monetária e de política fiscal são discutidas e debatidas, e o presidente toma as decisões."
(RAFAEL CARIELLO)


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