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Nova secretária rebate críticas de Ruth Cardoso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A nova secretária-executiva
do Ministério do Desenvolvimento Social, Márcia Helena
Carvalho Lopes, 46, rebateu
ontem críticas feitas aos programas sociais do governo federal dizendo que há grupos de
oposição que não querem dar
visibilidade à pasta.
Afirmou não ver sentido na
declaração da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Anteontem
em São Paulo, Ruth Cardoso
disse que está havendo um "retrocesso muito grave" na aplicação de políticas sociais.
Márcia Lopes deixa a Secretaria Nacional de Assistência Social, onde estava desde o início
do ano, para assumir interinamente o lugar que vinha sendo
ocupado por Ana Fonseca.
Vereadora licenciada pelo PT
em Londrina (PR), a nova secretária-executiva é professora
universitária e assistente social.
Entre 1993 e 96 assumiu a Secretaria de Ação Social de Londrina e foi presidente do Conselho Municipal de Assistência
Social. A seguir, a entrevista
concedida à Folha por telefone.
Folha - O ministro já havia convidado a sra. para assumir a Secretaria Executiva?
Márcia Helena Carvalho Lopes
- Não, eu não esperava. Conversamos hoje [ontem]. Fico honrada pela confiança e pelo reconhecimento. Assumo interinamente para dar continuidade
ao trabalho encaminhado pela
secretária Ana Fonseca.
Folha - Quais são as prioridades?
Márcia Lopes - Temos que
acompanhar a execução orçamentária e não deixar de atender aos municípios. No Bolsa-Família, a orientação é no sentido de cumprir a meta de atender os 6,5 milhões de famílias
neste ano.
Folha - A área social do governo vem sofrendo críticas, inclusive da ex-primeira-dama Ruth
Cardoso, que falou em retrocesso. Qual a sua avaliação?
Márcia Lopes - Não compreendo essa afirmação de retrocesso grave. Acho que é até
um desafio para a ex-primeira-dama de conhecer o que acontece no ministério. O presidente Lula disse que não interromperia nenhum programa. Pelo
contrário, estamos ampliando.
Folha - Mas então por que tantas críticas?
Márcia Lopes - Talvez a própria imprensa possa falar melhor. Há interesses acima, que
querem se contrapor, fazer
oposição. Há grupos que não
querem dar visibilidade ao ministério, que quase dobrou os
investimentos no social. Não
há sentido nessa afirmação [de
Ruth Cardoso]. Inclusive porque estamos pactuando com
governos de todos os partidos,
inclusive do PSDB.
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