São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2004

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Nova secretária rebate críticas de Ruth Cardoso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A nova secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, Márcia Helena Carvalho Lopes, 46, rebateu ontem críticas feitas aos programas sociais do governo federal dizendo que há grupos de oposição que não querem dar visibilidade à pasta.
Afirmou não ver sentido na declaração da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Anteontem em São Paulo, Ruth Cardoso disse que está havendo um "retrocesso muito grave" na aplicação de políticas sociais.
Márcia Lopes deixa a Secretaria Nacional de Assistência Social, onde estava desde o início do ano, para assumir interinamente o lugar que vinha sendo ocupado por Ana Fonseca.
Vereadora licenciada pelo PT em Londrina (PR), a nova secretária-executiva é professora universitária e assistente social. Entre 1993 e 96 assumiu a Secretaria de Ação Social de Londrina e foi presidente do Conselho Municipal de Assistência Social. A seguir, a entrevista concedida à Folha por telefone.
 

Folha - O ministro já havia convidado a sra. para assumir a Secretaria Executiva?
Márcia Helena Carvalho Lopes -
Não, eu não esperava. Conversamos hoje [ontem]. Fico honrada pela confiança e pelo reconhecimento. Assumo interinamente para dar continuidade ao trabalho encaminhado pela secretária Ana Fonseca.

Folha - Quais são as prioridades?
Márcia Lopes -
Temos que acompanhar a execução orçamentária e não deixar de atender aos municípios. No Bolsa-Família, a orientação é no sentido de cumprir a meta de atender os 6,5 milhões de famílias neste ano.

Folha - A área social do governo vem sofrendo críticas, inclusive da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, que falou em retrocesso. Qual a sua avaliação?
Márcia Lopes -
Não compreendo essa afirmação de retrocesso grave. Acho que é até um desafio para a ex-primeira-dama de conhecer o que acontece no ministério. O presidente Lula disse que não interromperia nenhum programa. Pelo contrário, estamos ampliando.

Folha - Mas então por que tantas críticas?
Márcia Lopes -
Talvez a própria imprensa possa falar melhor. Há interesses acima, que querem se contrapor, fazer oposição. Há grupos que não querem dar visibilidade ao ministério, que quase dobrou os investimentos no social. Não há sentido nessa afirmação [de Ruth Cardoso]. Inclusive porque estamos pactuando com governos de todos os partidos, inclusive do PSDB.


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