|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estatais ajudam a financiar ato em que sem-terra criticam o governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Bancos e empresas estatais estão patrocinando aproximadamente um terço do custo da Conferência Água e Terra, na qual militantes rurais criticaram o governo e deflagraram uma campanha
pelas demissões do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) e do
presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles.
A verba ainda não foi liberada,
mas pode chegar a cerca de R$ 1
milhão, boa parte do Ministério
do Desenvolvimento Agrário. O
Palácio do Planalto não comentou a destinação das verbas.
O restante do total de R$ 3 milhões é bancado por entidades
participantes e arrecadações de
ONGs e igrejas.
O evento reúne em Brasília
9.000 pessoas de todo o país, que
dormem num local coberto de
um parque da capital federal.
No ginásio da conferência, recebem três refeições por dia. Sentados no chão, agricultores e sem-terra almoçam churrasco. Restos
de comida e lixo têm ficado espalhados no local.
Os organizadores alegam que
houve boicote do governo do Distrito Federal, que não forneceu
água potável, coleta de lixo, limpeza e segurança. O governo do
Distrito Federal responde que forneceu apoio policial e de logística
de trânsito, mas não comentou os
outros pontos. Devido à má condição de higiene, os banheiros tiveram de ser lacrados.
A platéia assistia atentamente
aos discursos. A maior parte é de
origem humilde, com sapatos e
roupas desgastados. Até bebês e
crianças foram levados.
(LS)
Texto Anterior: Chefe do Incra diz que não atacou o agronegócio Próximo Texto: Delegado afirma que fazendeiro é autor da chacina Índice
|