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Delegado afirma que fazendeiro é autor da chacina
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O delegado Wagner Pinto, que
preside o inquérito sobre a chacina de cinco sem-terra ligados ao
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Felisburgo (MG), já considera o fazendeiro Adriano Chafik Luedy "autor intelectual e autor direto" do
crime. Ou seja, além de planejar a
chacina, o fazendeiro teria também participado dela.
O fazendeiro será indiciado por
homicídio qualificado e tentativa
de homicídio, conforme afirmou
ontem o delegado. Homicídio
qualificado tem pena prevista de
12 a 30 anos de reclusão, que pode
ser aplicada para cada uma das
mortes, cumulativamente.
Wagner Pinto afirmou já ter a
"confirmação da participação" de
Luedy, de Calixto Luedy Filho
-ex-policial e sobrinho do fazendeiro- e de outro homem que teria contratado os pistoleiros.
"Conforme os levantamentos,
as informações das testemunhas e
as demais provas dos autos, nós
temos a confirmação da participação desses indivíduos". Os três
estão foragidos.
O delegado disse que está caracterizado "o crime de mando, com
autoria intelectual e autoria direta
do senhor Adriano".
No último sábado, entre dez e 15
homens entraram no acampamento do MST, por volta das 12h,
e atiraram contra os sem-terra.
Além dos mortos, 13 pessoas foram feridas. Os homens também
atearam fogo no acampamento.
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