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AJUSTE FISCAL
Câmara deve antecipar trabalho
Governistas querem votar CPMF em março
da Sucursal de Brasília
O Congresso vai se reunir extraordinariamente na primeira
quinzena de fevereiro para acelerar a votação da emenda da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira, o imposto do cheque) na Câmara.
A convocação extraordinária será no período entre a posse dos novos parlamentares (1º de fevereiro)
e o início dos trabalhos legislativos
previsto pela Constituição (15 de
fevereiro). Assim, os novos parlamentares começam seu mandato
dentro de uma convocação extraordinária.
Durante os oito dias de trabalho
não haverá votações. O governo
vai manter 51 deputados no plenário para realizar as sessões ordinárias e contar prazos para a tramitação da emenda na comissão especial. Cinquenta e um deputados é o
número mínimo para a realização
da sessão ordinária, quando não
há votações.
A comissão especial tem 40 sessões para analisar a proposta, mas
apenas o prazo de 10 sessões para a
apresentação de emendas ao projeto não pode ser reduzido. Com
isso, os aliados pretendem votar a
proposta logo após o encerramento desse prazo.
De acordo com o calendário dos
governistas, a emenda poderá ser
votada na comissão na última semana de fevereiro, seguindo para o
plenário no início de março.
A convocação poderá evitar o
confronto entre a oposição e os governistas. Os aliados do presidente
Fernando Henrique Cardoso querem mudar o regimento interno
apenas para dar rapidez à tramitação da CPMF.
"É mais razoável fazer isso (convocação extraordinária) do que
mudar o regimento", disse o presidente da Câmara, Michel Temer
(PMDB-SP). O rito sumário pretendido pelos aliados poderia desgastar politicamente o governo.
Sem a convocação extraordinária ou sem o rito sumário, a votação da emenda ficaria para abril,
segundo avaliação de governistas.
Com a antecipação, o governo espera ter um ganho de R$ 1 bilhão
na arrecadação.
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