São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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Patrus diz que PT se "excedeu na fiscalização"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, defendeu ontem seu colega José Dirceu (Casa Civil) e reconheceu que o partido foi "excessivo" no passado ao cobrar fiscalização.
"No passado, fomos bem rigorosos. Diria até um pouco excessivos na fiscalização. Tudo em nome do nosso compromisso com a ética. O PT merece fazer uma autocrítica e reconhecer que muitas vezes fomos precipitados", afirmou após o lançamento da Campanha da Fraternidade 2004 na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
No evento, Patrus disse que poderia participar do ato em desagravo a Dirceu, que estava previsto para a semana que vem, mas foi cancelado pelo PT. Marina Silva (Meio Ambiente), na CNBB, também disse que iria ao ato. O partido, após pressão do Palácio do Planalto, decidiu transformar o evento de solidariedade ao ministro em uma discussão sobre eleição, conjuntura econômica e caso Waldomiro Diniz.
Tanto Marina como Patrus não quiseram falar de uma eventual CPI para apurar o episódio Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu que foi exonerado do cargo no governo. "Cada macaco no seu galho. Sou ministro do Desenvolvimento Social e quero falar sobre minha pasta", disse Patrus.
O ministro classificou de "inaceitável essa contaminação que alguns querem fazer" do caso com o governo.
No lançamento da Campanha da Fraternidade, Patrus cobrou ainda que candidatos do PT e de partidos coligados incluam nos debates das eleições deste ano assuntos relacionados à água e ao combate à fome. O lema da CNBB deste ano é "Água, fonte de vida".


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