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Patrus diz que PT se "excedeu na fiscalização"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, defendeu
ontem seu colega José Dirceu
(Casa Civil) e reconheceu que o
partido foi "excessivo" no passado ao cobrar fiscalização.
"No passado, fomos bem rigorosos. Diria até um pouco
excessivos na fiscalização. Tudo em nome do nosso compromisso com a ética. O PT merece
fazer uma autocrítica e reconhecer que muitas vezes fomos
precipitados", afirmou após o
lançamento da Campanha da
Fraternidade 2004 na CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
No evento, Patrus disse que
poderia participar do ato em
desagravo a Dirceu, que estava
previsto para a semana que
vem, mas foi cancelado pelo
PT. Marina Silva (Meio Ambiente), na CNBB, também disse que iria ao ato. O partido,
após pressão do Palácio do Planalto, decidiu transformar o
evento de solidariedade ao ministro em uma discussão sobre
eleição, conjuntura econômica
e caso Waldomiro Diniz.
Tanto Marina como Patrus
não quiseram falar de uma
eventual CPI para apurar o episódio Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu que foi exonerado do cargo no governo. "Cada macaco no seu galho. Sou
ministro do Desenvolvimento
Social e quero falar sobre minha pasta", disse Patrus.
O ministro classificou de
"inaceitável essa contaminação
que alguns querem fazer" do
caso com o governo.
No lançamento da Campanha da Fraternidade, Patrus
cobrou ainda que candidatos
do PT e de partidos coligados
incluam nos debates das eleições deste ano assuntos relacionados à água e ao combate à
fome. O lema da CNBB deste
ano é "Água, fonte de vida".
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