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GTech confirma proposta de Cachoeira
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
A GTech do Brasil, empresa responsável pela operação do sistema de loterias do país, confirmou
ter recebido proposta de negócio
do empresário de bingos Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Apesar de não especificar
a data, as propostas teriam sido
feitas no ano passado. GTech e
Cachoeira tiveram parceria anteriormente, encerrada em 2000.
"O sr. Ramos apresentou à
GTech idéias para desenvolvimento de potenciais negócios. Essas idéias foram exploradas por
executivos locais [do Brasil] da
empresa e posteriormente submetidas a supervisores corporativos da GTech [nos EUA], de acordo com procedimentos obrigatórios da empresa", diz o texto.
A nota foi divulgada em resposta à reportagem publicada pelo
jornal "O Globo", que revelou
correspondência de Cachoeira
com Marcelo Rovai, ex-diretor de
marketing da GTech, em 2003.
Segundo uma minuta de contrato reproduzida por aquele jornal, Cachoeira passaria a explorar
os serviços lotéricos em Minas
Gerais. A GTech também forneceria "serviços de processamento" a empresas do empresário no
Rio de Janeiro, no Paraná, no Rio
Grande do Sul e em Goiás.
Esses "potenciais negócios"
apresentados por Cachoeira foram "rejeitados" pela matriz da
GTech, nos EUA, segundo a nota.
A multinacional insiste em que foi
procurada por Waldomiro Diniz
à época da renovação do contrato
com a Caixa Econômica Federal e
que Cachoeira participou de um
encontro com a empresa não a
convite dela. As negociações entre
GTech e Caixa, porém, teriam sido concluídas com o banco, sem a
intermediação de Waldomiro.
O Ministério Público Federal
ouviu de Cachoeira que ele teria
sido a ponte entre Waldomiro e a
GTech. No decorrer das negociações, o ex-assessor passou a cuidar da renovação do contrato sem
mais considerar os interesses do
empresário de bingos, segundo a
investigação dos procuradores.
A Caixa também divulgou nota
reiterando que não houve participação de pessoas estranhas à instituição na negociação com a
GTech no período posterior à
posse do novo presidente, Jorge
Mattoso, em 16 de fevereiro.
O governo de Minas Gerais informou na noite de ontem que a
Loteria Mineira suspendeu, "preventivamente", o funcionamento
das 13 casas que exploram a videoloteria no Estado. A GTech é
responsável pelo sistema operacional da loteria on-line mineira.
O secretário estadual da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, pôs
ontem sob suspeita o aumento de
R$ 5.000 para R$ 600 mil do capital da empresa Larami Diversões e
Entretenimento, que pertence a
Carlinhos Cachoeira. O acréscimo de capital ocorreu em setembro de 2001. A suspeita sobre os
negócios de Cachoeira consta de
um relatório que será entregue,
diz o secretário, a Luiz Inácio Lula
da Silva pelo Grupo Nacional de
Combate ao Crime Organizado.
Segundo Cachoeira, cabe ao Ministério Público Federal provar se
houve ilegalidade no aumento de
capital de sua empresa.
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