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Banco Central
não conclui
investigação
da Sucursal de Brasília
e da Sucursal do Rio
O Banco Central ainda
não terminou de investigar
as irregularidades cometidas na emissão e negociação
de títulos de São Paulo, dois
anos após a CPI do Senado
apontar o município como
criador da tecnologia usada
em outras fraudes feitas pelo
esquema dos precatórios.
Até agora, o BC enviou ao
Ministério Público relatórios com denúncias que envolvem sete Estados e municípios, mas ainda não estão
concluídos os trabalhos sobre os municípios de São
Paulo e Guarulhos.
O diretor de Fiscalização
do BC, Carlos Eduardo de
Freitas, negou que o atraso
no encaminhamento das
denúncias seja fruto de possíveis pressões políticas para
proteger o prefeito afastado
Celso Pitta. "Isso não existe.
No BC não é admitido corpo
mole por causa de influências políticas", disse.
O relatório final da CPI
dos Precatórios diz que Pitta
atuou na montagem das
chamadas cadeias da felicidade, as compras e vendas
fictícias de títulos que davam lucro para empresas do
esquema dos precatórios e
prejuízos para o município.
Segundo Freitas, o BC está
levando mais tempo para
apurar as denúncias referentes a São Paulo porque as
irregularidades cometidas
com títulos desse município
são mais sofisticadas.
"Nos outros Estados e municípios, tudo era mais óbvio. Havia apenas uma pessoa recebendo comissões
extravagantes. No caso de
São Paulo, o fluxo de recursos era mais complexo", disse Freitas.
Ele também aponta as restrições orçamentárias do BC
como um dos problemas
que impediram a conclusão
das investigações.
O BC foi obrigado a reduzir o grupo mobilizado para
fiscalizar o escândalo dos
precatórios. Inicialmente,
eram 20 fiscais, mas hoje
apenas oito pessoas trabalham nas investigações.
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