São Paulo, domingo, 26 de março de 2000


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Banco Central não conclui investigação

da Sucursal de Brasília

e da Sucursal do Rio

O Banco Central ainda não terminou de investigar as irregularidades cometidas na emissão e negociação de títulos de São Paulo, dois anos após a CPI do Senado apontar o município como criador da tecnologia usada em outras fraudes feitas pelo esquema dos precatórios.
Até agora, o BC enviou ao Ministério Público relatórios com denúncias que envolvem sete Estados e municípios, mas ainda não estão concluídos os trabalhos sobre os municípios de São Paulo e Guarulhos.
O diretor de Fiscalização do BC, Carlos Eduardo de Freitas, negou que o atraso no encaminhamento das denúncias seja fruto de possíveis pressões políticas para proteger o prefeito afastado Celso Pitta. "Isso não existe. No BC não é admitido corpo mole por causa de influências políticas", disse.
O relatório final da CPI dos Precatórios diz que Pitta atuou na montagem das chamadas cadeias da felicidade, as compras e vendas fictícias de títulos que davam lucro para empresas do esquema dos precatórios e prejuízos para o município.
Segundo Freitas, o BC está levando mais tempo para apurar as denúncias referentes a São Paulo porque as irregularidades cometidas com títulos desse município são mais sofisticadas.
"Nos outros Estados e municípios, tudo era mais óbvio. Havia apenas uma pessoa recebendo comissões extravagantes. No caso de São Paulo, o fluxo de recursos era mais complexo", disse Freitas.
Ele também aponta as restrições orçamentárias do BC como um dos problemas que impediram a conclusão das investigações.
O BC foi obrigado a reduzir o grupo mobilizado para fiscalizar o escândalo dos precatórios. Inicialmente, eram 20 fiscais, mas hoje apenas oito pessoas trabalham nas investigações.



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