São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Cenografia
A megaoperação das Polícias Civis que na sexta
prendeu quase 2.000 pessoas no país, a maioria em
São Paulo, teve como "laboratório" mutirões de menor escala realizados recentemente na Grande SP e
foi precedida por medidas como a triplicação da capacidade de emissão de boletins de ocorrência eletrônicos e a inauguração, na véspera das prisões, da nova
"sala de situação" da Polícia Civil. Estampada nos jornais de sábado, a foto da sala, a partir da qual a cúpula dava ordens e acompanhava em laptops o andamento
dos trabalhos, indica que se pretendeu demonstrar,
além de "força", como declarou o delegado-geral, Mário Jordão Toledo, uma imagem de eficiência que o
público não costuma associar à corporação. Figurinhas. O novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, teve um encontro sábado no Rio com José Serra, que comandou a pasta no segundo governo FHC. Tudo de novo. Alvo de boicote de ministros e funcionários do Tribunal de Contas da União, que vetaram sua entrada no órgão, o ex-senador Luiz Otávio (PA), indicado pelo PMDB para presidir a Eletronorte, enfrenta agora campanha aberta do sindicato do setor contra sua nomeação. Auto-suficiente. Isolado na bancada de deputados do PMDB, que o considera um legítimo representante dos interesses dos senadores da sigla, Jader Barbalho (PA) negocia diretamente com Lula sua cota de nomeações. Lista telefônica. Parceiro de Renan Calheiros (AL) na indicação de Luiz Otávio para a Eletronorte, Jader pretende ainda manter na estatal o diretor de Tecnologia, Manoel Ribeiro, indicar o presidente da Sudam e encontrar uma vaguinha para o aliado José Priante, derrotado na disputa pelo governo do Pará.
Tudo depende. Paulo Lacerda, que já concordou em
continuar por alguns meses à
frente da PF, dá mostras de
que aceitaria permanecer no
cargo definitivamente, desde
que fossem preenchidas certas condições, como a segunda parcela do aumento salarial dos policiais e um projeto
de plano de carreira. Assim não dá 1. É grande a pressão feita sobre o governo pelas agências reguladoras, que têm até o próximo dia 31 para cumprir a determinação legal de demitir cerca de 500 funcionários contratados sem concurso na época da formação desses órgãos, ainda no governo FHC. As agências alegam que eles têm formação específica e são, por isso, indispensáveis. Assim não dá 2. Desde o início do governo Lula, cerca de 2.000 funcionários que passaram por concurso foram admitidos nas agências reguladoras. Outros 500 aguardam chamada. O governo diz que não há solução para manter os não-concursados. Sem-teto. O PSOL entrou com mandado de segurança no STF para garantir o direito de manter a estrutura de liderança partidária. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que a legenda, por ter apenas três deputados, será despejada no fim do mês.
Agora vai. Depois de muito ameaçar, o senador Romeu
Tuma (SP) está às vésperas de
concretizar sua saída do PFL,
legenda na qual ficou sem espaço. Seguirá para o PTB. Do deputado PAULO BORNHAUSEN (PFL-SC), sobre a revisão feita pelo IBGE no cálculo do Produto Interno Bruto, que elevou de 2,6% para 3,2% o crescimento nos três primeiros anos do governo Lula. Contraponto Ossos do ofício
À espera de vôo para Recife, um grupo de deputados
pernambucanos conversava no aeroporto de Brasília
quando chegou Marcondes Gadelha (PSB-PB), todo queixoso devido ao atraso de seu embarque para João Pessoa. |
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