São Paulo, quinta-feira, 26 de março de 2009

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Fiesp rebate PF e diz que é "entidade apolítica"

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), divulgou nota no início da noite de ontem e negou as acusações feitas pela PF na Operação Castelo de Areia.
Segundo o texto, a entidade, a mais representativa do empresariado brasileiro, não se envolve com campanhas políticas.
"A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo é uma entidade apolítica, independente, voltada aos interesses coletivos da indústria paulista e da sociedade brasileira. A Fiesp não se envolve, de maneira alguma, em eventuais relações entre empresas do setor que representa e partidos políticos ou os candidatos deles."
Ainda de acordo com a nota, a entidade não irá se opor ao trabalho dos órgãos envolvidos na apuração do caso. Também não há críticas ao trabalho da Polícia Federal na operação.
"A Fiesp não teme qualquer investigação, acompanha os fatos com o mesmo interesse da sociedade e está confiante no trabalho da Justiça."
A assessoria de comunicação da entidade ressaltou que o nome da federação não foi citado oficialmente pela PF.
"Tomamos a liberdade de lembrar-lhe que, em nenhum momento da entrevista coletiva concedida hoje [ontem] à tarde pela Polícia Federal, o nome da Fiesp foi mencionado."
Por fim, a nota dimensiona a importância da entidade:
"A Fiesp, com seus 131 sindicatos afiliados, representa cerca de 130 mil empresas da indústria. Conta com cerca de 6.000 empresários que atuam, voluntariamente, em seus quadros em todo o Estado de São Paulo, sendo 1.256 diretores em diversas áreas".
A reportagem da Folha tentou, durante toda a tarde de ontem, por meio da assessoria de imprensa contratada pela federação, conversar com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Mas foi informada que a única manifestação da entidade seria feita por meio da nota.
A polícia possui gravação de conversa entre o vice-presidente da Camargo Corrêa, Fernando Botelho, com um dos diretores presos ontem na Castelo de Areia. Segundo a PF, Botelho diz ter sido procurado por Skaf. A nota da entidade nem sequer menciona a possibilidade de envolvimento do presidente no caso, apesar de ter sido informada pela Folha.


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