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TROCA-TROCA
Petebistas elegeram 26 deputados e hoje têm 46
Ciro nega, mas pode trocar PPS por PTB, que está "de portas abertas"
RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) avalia trocar o
PPS pelo PTB. Em conflito permanente com o presidente e líder
do partido na Câmara, Roberto
Freire (PE), Ciro negocia na surdina com os trabalhistas, que o
apoiaram na eleição presidencial.
Oficialmente, Ciro nega que vá
trocar de partido, mas o PTB admite a negociação com o ministro. "As portas estão permanentemente abertas para ele", diz o líder do partido na Câmara, Roberto Jefferon (RJ).
O problema de Ciro com o PPS
é sua relação pessoal com Freire,
de conflito permanente. A dúvida
dos aliados do ministro é se ele
tem mais a ganhar do que a perder com uma eventual troca de
partido.
O PT já esteve na mira de Ciro.
Os dirigentes do partido, no entanto, acreditam que, se tiver de
mudar de legenda, o ministro não
optará pelo PT, onde seria apenas
mais um. Os trabalhistas lhe oferecem lugar de destaque.
Filiações
O ministro é o troféu mais cobiçado de uma agressiva política de
novas filiações desencadeada no
início do ano pelo PTB para aumentar suas bancadas e seu poder
de influência no governo. A sigla
elegeu nas urnas 26 deputados,
pulou para 43 na posse do Congresso, está com 46 e espera fechar o mês com 52 ou 53.
A meta é chegar a 60, o que consolidaria o PTB como a quinta
maior força da Câmara, desbancando de vez o PP (ex-PPB), que
elegeu 49 deputados mas definhou para 45.
Entre os deputados em negociação com o PTB está um grupo forte ligado ao senador Marco Maciel, ex-vice-presidente da República: Armando Monteiro, Roberto Magalhães, José Múcio Monteiro e Joaquim Francisco. Os
quatro reuniram-se nesta semana
na casa do presidente trabalhista,
José Carlos Martinez (PR).
Aos pefelistas pernambucanos,
o PTB prometeu tudo: total controle do partido no Estado e a candidatura de Roberto Magalhães
ou de quem ele indicar à prefeitura de Recife na eleição municipal
de 2004.
Colaborou JOSIAS DE SOUZA, diretor
da Sucursal de Brasília
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