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São Paulo, sábado, 26 de abril de 2003

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TROCA-TROCA

Petebistas elegeram 26 deputados e hoje têm 46

Ciro nega, mas pode trocar PPS por PTB, que está "de portas abertas"

RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) avalia trocar o PPS pelo PTB. Em conflito permanente com o presidente e líder do partido na Câmara, Roberto Freire (PE), Ciro negocia na surdina com os trabalhistas, que o apoiaram na eleição presidencial.
Oficialmente, Ciro nega que vá trocar de partido, mas o PTB admite a negociação com o ministro. "As portas estão permanentemente abertas para ele", diz o líder do partido na Câmara, Roberto Jefferon (RJ).
O problema de Ciro com o PPS é sua relação pessoal com Freire, de conflito permanente. A dúvida dos aliados do ministro é se ele tem mais a ganhar do que a perder com uma eventual troca de partido.
O PT já esteve na mira de Ciro. Os dirigentes do partido, no entanto, acreditam que, se tiver de mudar de legenda, o ministro não optará pelo PT, onde seria apenas mais um. Os trabalhistas lhe oferecem lugar de destaque.

Filiações
O ministro é o troféu mais cobiçado de uma agressiva política de novas filiações desencadeada no início do ano pelo PTB para aumentar suas bancadas e seu poder de influência no governo. A sigla elegeu nas urnas 26 deputados, pulou para 43 na posse do Congresso, está com 46 e espera fechar o mês com 52 ou 53.
A meta é chegar a 60, o que consolidaria o PTB como a quinta maior força da Câmara, desbancando de vez o PP (ex-PPB), que elegeu 49 deputados mas definhou para 45.
Entre os deputados em negociação com o PTB está um grupo forte ligado ao senador Marco Maciel, ex-vice-presidente da República: Armando Monteiro, Roberto Magalhães, José Múcio Monteiro e Joaquim Francisco. Os quatro reuniram-se nesta semana na casa do presidente trabalhista, José Carlos Martinez (PR).
Aos pefelistas pernambucanos, o PTB prometeu tudo: total controle do partido no Estado e a candidatura de Roberto Magalhães ou de quem ele indicar à prefeitura de Recife na eleição municipal de 2004.


Colaborou JOSIAS DE SOUZA, diretor da Sucursal de Brasília


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