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Ministro defende controle de saída de magistrados
DO ENVIADO A JOÃO PESSOA
O ministro João Oreste
Dalazen, 56, membro do
Conselho Nacional de Justiça, vai propor uma resolução
que impeça o afastamento de
magistrados para dirigir associações de classe com reduzido número de sócios.
Ele diz que o problema é
restrito à Justiça do Trabalho, da qual "pode falar com
tranquilidade", pois presidiu
a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(Amatra) do Paraná.
Há uma dúzia de associações de magistrados do trabalho, com número diminuto de associados, presididas
por juízes que obtiveram
afastamento da atividade de
julgar exclusivamente para
dirigir as entidades.
Vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho,
corregedor-geral da Justiça
do Trabalho até fevereiro último, Dalazen diz que esses
casos ferem a moralidade administrativa.
A Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman)
possui norma que autoriza
conceder o afastamento do
juiz para presidir associação
de classe. Para Dalazen, não
há sentido afastar um magistrado de uma vara do trabalho de grande movimento
para desempenhar exclusivamente essa atividade.
"No meu entender é necessária uma leitura desse
dispositivo legal em conformidade com o texto constitucional vigente, que prevê o
princípio da moralidade administrativa", afirma.
Ele sabe que a questão não
é pacífica. No CNJ há conselheiros com outra visão sobre a questão.
(FV)
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