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O secretário de Políticas Regionais, Fernando Catão (PMDB), deixa o cargo quase dois meses depois de pedir demissão. A saída deve ser anunciada oficialmente amanhã pelo Palácio do Planalto.
Segundo o relato do senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), cunhado de Catão, o secretário foi chamado na sexta-feira pelo ministro Clóvis Carvalho (Casa Civil) e comunicado da demissão.
"O Clóvis Carvalho ligou para ele e disse que a carta de demissão havia sido aceita pelo presidente da República", disse Cunha Lima.
A demissão havia sido pedida antes da convenção nacional do PMDB, no início de março.
Catão ficou constrangido, na época, porque a maioria dos integrantes do diretório do PMDB na Paraíba havia decidido votar a favor do lançamento de candidatura própria à Presidência, o que contrariava os interesses do Planalto.
O próprio FHC, porém, decidiu manter o secretário no cargo. A decisão de demiti-lo agora, segundo Cunha Lima, se deve a "possíveis" pressões do governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB).
Maranhão e Cunha Lima vão disputar a convenção que escolherá o candidato do PMDB ao governo. Catão, aliado de Cunha Lima, passou a ser visto como adversário pelo governador.
Apesar de afirmar que a demissão "já era esperada", Cunha Lima não esconde o desconforto provocado pela medida. "Se Catão tinha de sair, o melhor era que fosse antes do dia 2 (de abril). Agora, perdeu o prazo para se candidatar a deputado federal."



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