São Paulo, segunda, 26 de maio de 1997.



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Presidente almoça galinha com quiabo e picadinho na manteiga
FHC procura 'exorcizar maus fluidos' com comida goiana

WILLIAM FRANÇA
da Sucursal de Brasília

Uma dose de Quincas Berro D'Água (gim-tônica com cachaça), água de coco e bolinho de mandioca de entrada, seguidos por um d. João 6º (galinha caipira com quiabo) e um Ouro Velho de Goiás (picadinho de filé na manteiga de fazenda), com doces típicos de sobremesa.
Foi com esse cardápio tipicamente goiano, acompanhado de piadas e conversa descontraída, que Fernando Henrique Cardoso almoçou ontem num restaurante de Brasília e, segundo o anfitrião José Gregori, secretário de Direitos Humanos, "buscou exorcizar maus fluidos" das últimas duas semanas.
"A conversa foi boa. Serviu para ver que o 'chuvisqueiro conjuntural', como disse dona Ruth (Cardoso), não se transformou em temporal, como vocês (a mídia) queriam", disse Gregori, ressalvando que "ama os jornalistas de coração".
Segundo Gregori, o presidente falou muito e disse que, do ponto de vista administrativo, "estão acontecendo coisas extraordinárias" nas áreas de educação, irrigação, eletrificação e telefonia. De política, trataram pouco. Na saída, questionado sobre fatos políticos, FHC respondeu: "Hoje (ontem) é domingo".
Gregori convidou FHC para almoçar no restaurante Antigamente, um dos mais tradicionais do Centro-Oeste, no sábado. Quando da reserva, ele pediu uma área isolada porque disse que levaria um embaixador.
Ontem, além de Gregori, dividiu a conta de R$ 120 outro amigo de FHC, Pedro Paulo Poppovic, secretário de Ensino à Distância do Ministério da Educação. O presidente não colaborou nem mesmo com a gorjeta de R$ 30 aos garçons. FHC ganhou duas garrafas de cachaça (Havana e Seleta) e uma goiabada.



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