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Negócio agrada
a pesquisadores
brasileiros
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O acordo de cooperação
nuclear do Brasil com a China, que prevê a venda pelo
Brasil de urânio bruto, agradou à maioria dos especialistas ouvidos pela Folha. A
venda visa obter recursos
para o programa brasileiro.
O ex-presidente da Eletrobrás Luiz Pinguelli Rosa criticou o acordo. Para ele, o
urânio não enriquecido tem
baixo valor agregado, o que
não compensaria a venda.
O físico Aquilino Senra,
professor da UFRJ, discorda
-o urânio a ser exportado
passa por processamento,
embora não o de enriquecimento, que eleva seu preço.
Elogiaram também o acordo o ex-ministro da Ciência
e Tecnologia Roberto Amaral e o engenheiro Edson
Kuramoto, diretor da Associação Brasileira de Energia
Nuclear e coordenador do
Fórum Pró-Angra 3.
A exportação do minério
de urânio também é vista como benéfica para o físico
Rogério Cezar de Cerqueira
Leite, professor emérito da
Unicamp e membro do
Conselho Editorial da Folha,
e para o presidente da Sociedade Brasileira de Física,
Adalberto Fazzio. Eles dizem, porém, que o enriquecimento no Brasil já é avançado e que não é, portanto,
área de necessidade primária de investimentos.
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