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DINHEIRO PÚBLICO
ONG investigada pede extensão de convênio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ONG Ágora, investigada pelo
Ministério Público e pelo TCU
(Tribunal de Contas da União)
por suspeita de desvio de verba
pública, pediu a prorrogação por
dois meses de convênio de R$ 7,5
milhões assinado no final de 2003
com o Ministério do Trabalho.
O contrato, publicado no "Diário Oficial" de 28 de novembro,
previa o pagamento à ONG em
duas parcelas. O ministério, porém, o fez de uma só vez, três dias
após a publicação. Segundo a pasta, a verba estava disponível no
orçamento de 2003. Assim, adiar
uma segunda parcela para 2004
poderia comprometer o recurso.
O convênio, para a capacitação
de 2.500 jovens do DF, acaba no
dia 30. A ONG pediu em abril a
extensão até o final de julho, alegando não ter condições de concluí-lo antes. O ministério tem
duas opções: aceitar o pedido ou
cancelar o convênio, solicitando a
devolução do dinheiro já pago à
ONG. Um eventual pedido de
prorrogação consta no contrato.
Segundo a assessoria da Ágora,
não houve tempo hábil para fazer
todas as oficinas de capacitação.
Anteontem, o Ministério Público do DF entrou com ação para
que Mauro Farias Dutra, presidente da ONG e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
devolva cerca de R$ 900 mil à
União. O dinheiro deveria ter sido
aplicado na qualificação de trabalhadores do DF, de SP e do RS.
Como parte das notas são frias,
suspeita-se de desvio.
(ES e AS)
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