São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2004

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DINHEIRO PÚBLICO

ONG investigada pede extensão de convênio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ONG Ágora, investigada pelo Ministério Público e pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeita de desvio de verba pública, pediu a prorrogação por dois meses de convênio de R$ 7,5 milhões assinado no final de 2003 com o Ministério do Trabalho.
O contrato, publicado no "Diário Oficial" de 28 de novembro, previa o pagamento à ONG em duas parcelas. O ministério, porém, o fez de uma só vez, três dias após a publicação. Segundo a pasta, a verba estava disponível no orçamento de 2003. Assim, adiar uma segunda parcela para 2004 poderia comprometer o recurso.
O convênio, para a capacitação de 2.500 jovens do DF, acaba no dia 30. A ONG pediu em abril a extensão até o final de julho, alegando não ter condições de concluí-lo antes. O ministério tem duas opções: aceitar o pedido ou cancelar o convênio, solicitando a devolução do dinheiro já pago à ONG. Um eventual pedido de prorrogação consta no contrato.
Segundo a assessoria da Ágora, não houve tempo hábil para fazer todas as oficinas de capacitação.
Anteontem, o Ministério Público do DF entrou com ação para que Mauro Farias Dutra, presidente da ONG e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devolva cerca de R$ 900 mil à União. O dinheiro deveria ter sido aplicado na qualificação de trabalhadores do DF, de SP e do RS. Como parte das notas são frias, suspeita-se de desvio. (ES e AS)

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