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NO AR
O presidente sabia
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Entrou Renato Machado e
nada. Franklin Martins, nada.
Míriam Leitão, nada. Para o
Bom Dia Brasil, ontem, não
havia fitas com FHC.
A Globo resistiu até achar
seu discurso no início da tarde, quando o jornal Hoje noticiou -e reproduziu trecho do
diálogo de FHC. E tome declarações de governistas.
Globo e as semi-estatais Cultura e TVE entraram com a
cobertura ao mesmo tempo
-ao mesmo tempo em que os
governistas padronizaram as
suas declarações.
A resposta central foi "café
requentado", na expressão
lançada pelo tucano Arthur
Virgílio. ACM falou depois em
"assunto requentado".
Na própria Globo, à tarde,
um analista dizia que "o efeito
grampo é antigo".
Assim foi, na Globo como na
Globo News, até o Jornal Nacional. Acabou então, subitamente, a resistência. Reproduziu-se mais do diálogo de
FHC, com maior comprometimento. E se ouviu Lula, afinal.
E veio a manchete:
- Grampos mostram que o
presidente sabia que o BNDES
queria ajudar o Opportunity.
Não se seguiu uma linha só,
nas respostas governistas. PFL
e PMDB aproveitaram para
atacar os "auxiliares", vale dizer, tucanos.
Aproveitaram também,
ACM à frente, para criticar a
"linguagem" rasteira de FHC
ao telefone.
No item "linguagem", ninguém foi mais engraçado que
Pimenta da Veiga:
- Não posso ir à interpretação desta ou daquela palavra... A análise de qualquer
texto é subjetiva. Não posso fazer a exegese... Aí há pronomes
oblíquos que você não determina a quem se referem.
Falava do diálogo de FHC. A
edição do JN, depois, expôs de
vez o ministro porta-voz.
FHC foi citado na TV, o dia
todo, pelo semblante "abatido" e por criticar as CPIs que
expõe "as tripas" do poder.
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