DA REPORTAGEM LOCAL

Uma advogada, um microempresário e a mãe de um dos suspeitos de envolvimento nas denúncias da Prefeitura de Santo André tiveram seus telefones incluídos na lista dos grampos da Política Federal, sob o argumento de que se tratava de apuração sobre narcotráfico.
O procedimento foi considerado "irregular" por promotores consultados pela Folha, já que a PF não especificou à Justiça o nome dos proprietários das linhas.
Dos 41 números listados, pelo menos 2 são ligados ao secretário municipal Klinger Luiz de Oliveira Souza: um é o seu celular pessoal e outro é o telefone fixo de sua mãe.
Para o celular de Elaine Mateus da Silva, advogada de Ronan Maria Pinto (denunciado que faz parte da lista do grampo), a Justiça também autorizou a quebra de seu sigilo telefônico.
Um microempresário de São Bernardo do Campo, que pediu para manter seu nome sob sigilo, estranhou o fato de seu telefone celular estar incluído na lista da PF. Ele, que não é filiado a partidos políticos, diz não ter nenhuma ligação com o caso.
Da lista, faz parte ainda o celular que era do ex-secretário Gilberto Carvalho, braço direito do prefeito morto Celso Daniel (PT).
(LILIAN CHRISTOFOLETTI e FREDERICO VASCONCELOS)


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