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Requião intervém, mas volta atrás
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Aproveitando-se da invasão do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) a 11 das
26 praças de pedágio nas rodovias
do Paraná, o governador Roberto
Requião (PMDB), em um intervalo de dez horas, anunciou ontem a
intervenção nas concessionárias
do serviço, depois mudou e disse
que a ação se restringia às praças
invadidas e, à noite, por volta das
21h30, voltou atrás, desistindo do
decreto que assinaria hoje.
"Diante da firme posição do governo de intervir, o MST abandonou as praças de pedágio até as
21h, e, como as empresas voltaram a administrar as mesmas,
perde-se a razão da intervenção",
disse o governador por intermédio de sua assessoria, à noite.
Na coletiva pela manhã, por volta das 11h, o governador peemedebista chegou a anunciar que a
intervenção teria duração de 180
dias e que iria orientar o interventor a reduzir pela metade os preços das tarifas. A maior tarifa cobrada no Estado é de R$ 6,10, e a
menor é de R$ 2,40, com média de
R$ 4,20, segundo a ABCR (associação das concessionárias).
Requião chegou a justificar a intervenção dizendo que não poderia "deixar que a anarquia tome conta do Paraná".
Em votações realizadas ontem e
anteontem, o governo obteve autorização dos deputados para encampar as seis concessões de rodovias, que há cinco anos são exploradas por empresas.
Requião conseguiu 47 votos a
favor da encampação e seis abstenções, mas a maioria da base do
governo defende o diálogo entre
governo e concessionárias para a
redução das tarifas e a permanência das empresas no serviço.
À tarde, o líder do governo na
Assembléia, Ângelo Vanhoni
(PT), chegou a se dizer surpreso
com a notícia da intervenção.
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