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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Bornhausen pede ajuda à CPI contra acusação "caluniosa" de procurador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), entregou aos integrantes da CPI do Banestado uma série de documentos que provariam sua inocência de acusações feitas contra ele pelo procurador da República Luiz Francisco de Souza, de suposto envolvimento com remessa ilegal de recursos, por meio de agência do Banestado em Nova York.
Dizendo-se "indignado" com a publicação de acusações "caluniosas", Bornhausen aproveitou a primeira reunião da CPI, destinada à eleição do presidente e do vice-presidente e à indicação do relator, para fazer um apelo aos parlamentares que vão investigar a evasão de divisas de US$ 30 bilhões efetuada entre 1996 e 2002, por meio de contas CC-5.
"Espero que a CPI impeça novas agressões à minha honra, que os responsáveis pelos crimes contra mim cometidos sejam devidamente identificados e apontados à Justiça para a devida punição, conforme a lei", afirmou.
O senador disse que, apesar de ter enviado a veículos de comunicação toda documentação provando não ser o beneficiário de remessas de recursos para o exterior, o procurador Luiz Francisco fez acusações contra ele em entrevista ao site da internet "Consultor Jurídico", que foi reproduzida por órgãos da imprensa.
"Com o noticiário dos escândalos do Banestado, volta ao cenário o procurador Luiz Francisco de Souza, conhecido pela sua disposição de divulgar os assuntos que investiga, expondo temerariamente as pessoas de forma irresponsável, cometendo criminosos abusos de poder, acobertando-se pelo respeito à alta missão de Estado que exerce", afirmou o presidente do PFL, em pronunciamento na comissão.
Em entrevistas à imprensa, Luiz Francisco declarou que a família de Bornhausen seria proprietária do Banco Araucária, instituição pela qual, ainda conforme o procurador, teriam sido lavados US$ 5 bilhões. Bornhausen interpelou judicialmente o procurador, afirmando que o banco é da família Dalcanale, à qual pertence uma cunhada sua.
O senador apresentou uma série de documentos à CPI do Banestado. Entre eles, certidão do Banco Central atestando que inexistem no banco de dados da instituição quaisquer registros de remessas ou recebimentos de valores, no período de 1992 a 2002, em seu nome e ofício do Banco do Brasil dizendo que não é dele uma conta na agência de Nova York que teria recebido um depósito de US$ 16 mil.


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