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Bornhausen pede ajuda à CPI contra
acusação "caluniosa" de procurador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do PFL, senador
Jorge Bornhausen (SC), entregou
aos integrantes da CPI do Banestado uma série de documentos
que provariam sua inocência de
acusações feitas contra ele pelo
procurador da República Luiz
Francisco de Souza, de suposto
envolvimento com remessa ilegal
de recursos, por meio de agência
do Banestado em Nova York.
Dizendo-se "indignado" com a
publicação de acusações "caluniosas", Bornhausen aproveitou a
primeira reunião da CPI, destinada à eleição do presidente e do vice-presidente e à indicação do relator, para fazer um apelo aos parlamentares que vão investigar a
evasão de divisas de US$ 30 bilhões efetuada entre 1996 e 2002,
por meio de contas CC-5.
"Espero que a CPI impeça novas agressões à minha honra, que
os responsáveis pelos crimes contra mim cometidos sejam devidamente identificados e apontados
à Justiça para a devida punição,
conforme a lei", afirmou.
O senador disse que, apesar de
ter enviado a veículos de comunicação toda documentação provando não ser o beneficiário de
remessas de recursos para o exterior, o procurador Luiz Francisco
fez acusações contra ele em entrevista ao site da internet "Consultor Jurídico", que foi reproduzida
por órgãos da imprensa.
"Com o noticiário dos escândalos do Banestado, volta ao cenário
o procurador Luiz Francisco de
Souza, conhecido pela sua disposição de divulgar os assuntos que
investiga, expondo temerariamente as pessoas de forma irresponsável, cometendo criminosos
abusos de poder, acobertando-se
pelo respeito à alta missão de Estado que exerce", afirmou o presidente do PFL, em pronunciamento na comissão.
Em entrevistas à imprensa, Luiz
Francisco declarou que a família
de Bornhausen seria proprietária
do Banco Araucária, instituição
pela qual, ainda conforme o procurador, teriam sido lavados US$
5 bilhões. Bornhausen interpelou
judicialmente o procurador, afirmando que o banco é da família
Dalcanale, à qual pertence uma
cunhada sua.
O senador apresentou uma série de documentos à CPI do Banestado. Entre eles, certidão do
Banco Central atestando que inexistem no banco de dados da instituição quaisquer registros de remessas ou recebimentos de valores, no período de 1992 a 2002, em
seu nome e ofício do Banco do
Brasil dizendo que não é dele uma
conta na agência de Nova York
que teria recebido um depósito de
US$ 16 mil.
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