São Paulo, sexta, 26 de junho de 1998

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PAINEL

Partido unido
FHC tem falado mal dos tucanos na mesma proporção que os tucanos têm falado mal dele. O núcleo palaciano argumenta que o PSDB precisa aprender a se virar, como PFL e PMDB, "sem a ajuda de papai-presidente".

Anjinhos, mas nem tanto
O que mais irrita os tucanos é a versão montada por FHC para tentar plantar que não teve nada a ver com a candidatura Itamar em Minas. Na batida atual, o PSDB corre o risco de ser o grande derrotado nas eleições, mesmo elegendo o presidente.

Contra-ataque
O PSDB mineiro jogou pesado para reverter o apoio do PFL à chapa Itamar-Newtão (PMDB). Ontem, os pefelistas tendiam a fechar aliança com o governador tucano Eduardo Azeredo. Houve articulação das cúpulas nacionais tucana e pefelista.

O profissional e o amador
As articulações de Renan Calheiros em MG e AL reduziram o espaço de Eliseu Padilha junto a FHC. A cúpula do PMDB também acha o ministro da Justiça mais discreto e eficaz do que o dos Transportes, que deu mancada na reforma da Previdência.

Exterminador de tucano
Álvaro Dias (PSDB) vai apoiar Jaime Lerner (PFL) no Paraná. É outro palanque tucano que desmorona com ajuda do Planalto.

Jogo fluminense
O deputado Roberto Campos (PPB) fechou ontem acordo para ser o candidato ao Senado no Rio em aliança com Cesar Maia (PFL). Com apoio do PTB.

Conversa turbinada
O encontro decisivo de Renan Calheiros com Itamar Franco e Newton Cardoso não foi em Belo Horizonte, como acredita Eduardo Azeredo. Mas no hotel da Base Aérea do Galeão, no Rio.

Festa dos punhais
O PMDB mineiro está jogando junto com o gaúcho contra a candidatura de Jader Barbalho à presidência da sigla. Newton Cardoso não quer Paes Andrade nem o senador paraense.

B>Devastação permitida
É obrigatório que os bancos condicionem a liberação de financiamentos agrícolas ao respeito à nova lei de crimes ambientais. Mas isso não tem ocorrido. O Ibama enviou carta advertindo grandes instituições.

Safra eleitoral
Já saiu no "Diário Oficial" da União a prorrogação do prazo para renegociação de dívidas do crédito rural, estimadas em R$ 7 bi. Vai até 11 de novembro.

Malvadeza no armário
A recuperação de FHC nas pesquisas serviu para ACM parar de criticar a campanha do presidente, que julgava muito mole em relação a Lula. Tem dito que agora poupará o Planalto.

Sarau tucano
Paulo Renato (Educação) organizou para hoje à noite em São Paulo a primeira reunião do programa de governo de FHC. Será em uma casa na rua Argentina (Jardins), onde funcionará o comitê paulista do presidente.

Visita à Folha
O candidato do PDT ao governo de São Paulo, Francisco Rossi, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do coordenador do programa de TV, Chico Malfitani, do coordenador Francisco de Barros e do secretário-particular, Vivaldo Geronimo dos Santos Filho.

Augusto César Tramujas Samways, presidente do Sindicato das Distribuidoras Regionais Brasileiras de Combustíveis (Brasilcom) e presidente da Fox Distribuidora de Petróleo Ltda., visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Francisco Simões Barbosa, diretor do Brasilcom, e de Jaime Soares, da Lide Assessoria de Comunicação.

O vereador Miguel Colassuono (PPB) visitou ontem a Folha.

O presidente da Câmara Americana de Comércio, John Edwin Mein, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do assessor Mauro Malin.

TIROTEIO

De Pimenta da Veiga, candidato a deputado federal em Minas, sobre a chapa Itamar Franco-Newton Cardoso (PMDB) para o governo do Estado:
- Essa chapa dá ao PSDB mineiro o melhor discurso de campanha devido à perda de coerência de Itamar, que combatia FHC por supostas concessões. Itamar fez a pior concessão na política mineira. Não só se uniu a Newton, mas o pôs como vice.

CONTRAPONTO

Insônia garantida
Na transmissão do cargo de ministro da Administração de Bresser Pereira para Cláudia Costin, anteontem em Brasília, o assunto foi a ameaça de morte sofrida por David Zylbersztajn, diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Durante o evento, Zylbersztajn encontrou-se com José Serra (Saúde), que também foi ameaçado de morte recentemente. Zylbersztajn não resistiu à brincadeira e disse a Serra:
- Entrei para o seu clube!
Serra ainda não sabia da história, e o diretor da ANP contou. No final do relato, Serra, que tem fama no PSDB de se preocupar demais com detalhes, perguntou muito interessado:
- E agora? Você já sabe o que vai fazer?
Zylbersztajn resolveu provocar o ministro:
- Já sei. Vou andar colado em você. Assim, se eles tiverem que matar alguém, vão preferir você, que é mais importante.
Serra deu uma risadinha.



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