São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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PAINEL

Batalha antecipada
O PMDB busca um acordo para realizar prévias para definir o candidato à Presidência da República. A eleição seria em 9 de setembro, na convenção que escolherá o presidente do partido. O acerto inclui a retirada das candidaturas de Itamar e Michel Temer ao comando da sigla.

Pagar para ver
A idéia das prévias surgiu na ala governista do PMDB, que acredita ter a maioria dos convencionais. Assim, poderia derrotar Itamar mais rapidamente e manter os cargos no governo. O governador mineiro pode aceitar, pois, se perder, tem tempo para mudar de partido.

A conta não fecha
A ala governista garante ter os votos de 500 dos 712 convencionais do PMDB. Os itamaristas também estão otimistas e contabilizam 460 votos certos.

Mau aluno
Aliados de Jader consideram que ele se afunda cada vez mais ao tentar impedir as quebras de sigilo. "É o filho que tirou nota baixa e, em vez de começar a estudar, esconde o boletim dos pais", ironiza um peemedebista.

Remédio em casa
O Ministério da Saúde lançará um plano de distribuição gratuita de remédios à população carente. O ministério fará um cadastro dos pacientes e entregará o remédio em casa, pelo correio. Adversários de José Serra acham que o cadastro poderá ser usado na campanha presidencial.

Último round
A cúpula do Ministério do Desenvolvimento passou o dia negando que Alcides Tápias tivesse saído por culpa de Everardo Maciel. Mas ninguém perdeu a oportunidade de alfinetá-lo: "O ministro jamais cairia por causa de briga com um burocrata".

Conflito de interesses
O ex-governador Fleury articula a candidatura própria do PTB ao governo paulista. Mas a cúpula estadual prefere aliar-se a Geraldo Alckmin (PSDB).

Investigação no escuro
O Ministério Público não vai usar, na investigação das causas da crise energética, o relatório da comissão do governo que isenta FHC. Para o procurador Alexandre Camanho, o relatório é vago e não aponta responsabilidades específicas a ninguém.

Ausência de lógica
O item 45 do relatório explica tudo: "Não há nenhuma lei estabelecendo a responsabilidade pelo planejamento de expansão do setor elétrico. Nenhuma instituição esteve encarregada de verificar a "lógica" global do processo e exercer a coordenação da política energética".

Iluminação de boate
Com a ajuda do recesso parlamentar, a Câmara economizou 54% de energia no último mês.

Atacar para defender
Para responder às acusações de corrupção, o governador José Ignácio (PSDB-ES) vai atacar a presidente do Tribunal de Contas. Mariazinha Lucas é mãe do desafeto do governador, o prefeito de Vitória, Velloso Lucas.

Malas prontas
O premiê socialista da França, Lionel Jospin, deve se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva em setembro. A França quer retribuir a recepção dada a Jospin em abril por Marta Suplicy.

Correndo por fora
Embora oficialmente dê a vitória de José Dirceu à presidência do PT como certa, a cúpula do partido teme o crescimento da candidatura de Raul Pont. Já há um temor no grupo de que a disputa vá para o segundo turno e gere uma crise no partido.

Prefeito na berlinda
O Ministério Público decide nos próximos dias se indicia o prefeito de Rio Branco, Flaviano Melo (PMDB). Investigação mostrou indícios da participação de Flaviano no desvio de US$ 1,1 milhão do Acre entre 88 e 90, quando ele era governador.

TIROTEIO

Do ministro Ramez Tebet (Integração Nacional), sobre a ala do PMDB que defende que o partido entregue os cargos no governo e passe à oposição:
- Com ou sem ministérios, o partido tem que sustentar a governabilidade, apoiar o governo e ser coerente. Como vou renegar agora um apoio que vem desde o primeiro mandato?

CONTRAPONTO

Apreço ao poder

O deputado Geraldo Magela, pré-candidato do PT ao governo do Distrito Federal, ganhou notoriedade na bancada por sua atuação na CPI da CBF/Nike.
Magela se tornou alvo de ironias dos colegas por estar sempre disposto a dar entrevistas.
Na última reunião da bancada do PT na Câmara antes do recesso, o deputado Pedro Celso, também do DF, já chegou satirizando Magela.
- O Magela quer tanto chegar ao poder que disputou até eleição para síndico de prédio- brincou Celso com os colegas.
Pensando que havia uma rixa entre os dois deputados, o líder da bancada, Walter Pinheiro (BA), deu uma bronca em Pedro Celso. Mais tarde, ao encontrar Magela, Pinheiro contou a história que tinha ouvido. Constrangido, Magela admitiu:
- É verdade do Pedro. Fui eleito síndico do prédio onde moro.


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